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Entidades destacam papel da Vuelta na promoção do turismo no centro de Portugal

01 de março às 20h17
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O papel da Volta a Espanha como promotora do turismo na região centro de Portugal foi hoje enaltecido numa nova apresentação do percurso português da 79.ª edição da prova, que decorreu na Bolsa de Turismo de Lisboa.

Numa apresentação sem novidades, uma vez que as três etapas portuguesas e a sua quilometragem são há muito conhecidas, foi o papel que o ciclismo – e particularmente a Vuelta – poderá desempenhar na promoção do turismo no centro do país o vetor de todos os discursos.

Se Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, estimou que a Volta a Espanha é um “evento que vem consolidar o centro como destino de desporto e contribuir para a notoriedade” da região, com os seus efeitos a irem “além dos 11 concelhos onde ela irá passar”, Pedro Machado recordou os anos de trabalho para trazer “aquele que é um dos maiores eventos desportivos do mundo”, que arranca em 17 de agosto, em Lisboa, e termina em 08 de setembro, em Madrid.

Notando que o centro é “um dos melhores destinos do mundo para o ciclismo”, o presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal enumerou “três das boas razões” da aposta na partida da Vuelta do nosso país.

“Espanha é o primeiro mercado externo para o centro de Portugal. Queremos reforçar a nossa relação com o mercado espanhol. Queremos reafirmar, para Espanha e com Espanha, que somos parceiros”, notou, defendendo que a 79.ª edição da corrida também ajudará a “quebrar mitos”, nomeadamente o de que só os municípios do litoral estão aptos a realizar grandes eventos.

Para Pedro Machado, a Vuelta em Portugal é também “um hino à mobilidade”, recordando que a região centro tem uma notável e histórica indústria de bicicletas.

“Estamos encantados de ir pelo centro de Portugal, para o mostrar ao mundo. Para nós, o grande desafio é que nos próximos anos as pessoas vão ao centro de Portugal porque o viram na Vuelta”, declarou Charles Ojalvo, representante da Unipublic, empresa que organiza a prova.

Já Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), lembrou que ciclismo é território e emoção, mas também “a modalidade da sustentabilidade”.

“O turismo em bicicleta está a crescer como nunca na sua história […] e as estradas do interior são as melhores para essa prática”, reforçou.

A 79.ª Volta a Espanha arranca em 17 de agosto, com um contrarrelógio de 12 quilómetros entre Lisboa e Oeiras. A segunda etapa ligará Cascais a Ourém, no total de 191 quilómetros, com a última tirada em solo nacional, a terceira, a percorrer 182 entre Lousã e Castelo Branco.

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