Futuros jornalistas com baixas expetativas sobre o seu futuro
A maioria dos alunos de jornalismo acredita que será difícil encontrar um primeiro emprego na área e que os salários serão baixos e precários, concluiu um estudo da Universidade de Coimbra. Cerca de dois terços dos inquiridos consideram de alguma forma improvável “encontrar um primeiro emprego no jornalismo” e uma percentagem semelhante admite que será difícil conseguir um contrato laboral estável e com um salário condizente com o estatuto e responsabilidade da profissão, concluiu um estudo realizado por João Miranda e Carlos Camponez, investigadores do Centro de Estudos Interdisciplinares (CEIS20) da Universidade de Coimbra.
O inquérito foi realizado a 1.091 estudantes que frequentaram 38 cursos de licenciatura ou mestrado em jornalismo e comunicação social no ano letivo 2020/2021 em Portugal. Apesar das baixas expectativas, apenas 2,9 por cento dos alunos admitem a possibilidade de abandonar o curso para ingressar noutra área de formação e apenas cerca de 10 por cento referem não pretender trabalhar em jornalismo, com alguns a justificarem a decisão com as condições laborais que marcam a profissão, notam os investigadores. “Os estudantes entram com o objetivo de serem jornalistas e motivados para esse futuro profissional”, disse à Lusa João Miranda.
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