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Opinião: Os nomes das novas funções em Tecnologia

06 de abril às 14h08
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A diversidade de nomenclaturas, acrónimos e siglas em Tecnologias da Informação (IT) exige, quase sempre, glossários próprios por área quando conversamos com alguém que não é da área (e, no contexto atual, quase que também com os próprios profissionais da área:)). Desde designações de tecnologias (RJ45, VGA, HDMI, IoT, IA ou GenAI), legislação (RGPD), certificações (ITIL, CISA), ataques (DoS, DDoS ou MITM), a maioria dos profissionais não-IT já usa alguns destes termos diariamente de forma conhecedora.

Estes acrónimos ou siglas também estão agora nas novas funções que as pessoas ocupam nas empresas e o LinkedIn evidencia essas tendências. Se antes tínhamos: programadores, agora temos especialistas em UX/UI (experiência do utilizador/interface com o utilizador) ou CSA – Chief Software Architect para quem se ocupa do desenho das soluções; Responsáveis de IT passaram a CIO – Chief Information Officer ou CTO – Chief Technology Officer (o responsável geral sobre a tecnologia no contexto de uma organização, sobre os dados e desenvolvimento de produtos e serviços) ou ainda CTA – Chief Technical Advisor, para quem está associado ao aconselhamento sobre tecnologia; Especialistas de segurança denominam-se CISO – Chief of Information Systems Oficer (ou seja, a especialidade de segurança assumiu uma importância primordial nas organizações); DPO – Data Protection Officer para quem tem a responsabilidade da gestão do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (aqui, normalmente, não são funções exclusivas de IT);Analistas de dados ou especialistas em estatística são agora CDO – Chief of Data Officer ou CDAO – Chief Data and Analytics Officer ou ainda CDS – Chief Data Scientist conforme se se estão mais focados na análise de dados ou na Estratégia e infraestrutura associadas; mais recentemente ganharam espaço os CAIO – Chief Artificial Intelligence Officer (responsáveis de desenvolvimento e execução da estratégia de Inteligência Artificial) e, com as alterações na forma como hoje trabalhamos, passámos a ter CRO – Chief Remote Officer para os responsáveis por toda a estratégia de trabalho remoto da empresa (estratégia, ferramentas, processos, segurança de modo a garantir o funcionamento eficiente do trabalho remoto).

Novas profissões exigem novas aprendizagens, novas nomenclaturas, novas perspetivas. Assim, também os “caçadores de talentos” têm novas designações, como, por exemplo, Chief Talent Officer para quem desenvolve a gestão e “aquisição” de talento interno e externo para a organização, sendo o principal objetivo os candidatos “C-suite”, ou seja, executivos, gestores e líderes de equipa. Esta função resulta da evolução dos Chief People Officer por os primeiros se focarem, acima de tudo, no talento que as organizações pretendem reter. Por isso, os head hunters estão hoje para algumas profissões de IT como os “olheiros”/scouters para o futebol: os talentos em IT dão mesmo muito trabalho a recrutar e a manter…

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