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Opinião: Governação ao centro, ou nem por isso?

14 de janeiro às 12h33
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Vamos entrar numa derradeira etapa até dia 30, para ir percebendo quem vai chegar à meta em primeiro lugar para governar, ou ajudar a governar Portugal.
Governar, se existir – uma improbabilidade na minha modesta opinião – uma maioria absoluta seja de PS ou PSD.
À espreita estarão, à direita e à esquerda, quem quer apanhar uma boleia. Uns para entrar no comboio para ajudar ou decidir, e outros para aprofundar uma magistratura de influência sem se chamuscarem.
A todas estas interrogações a que os portugueses estarão sujeitos, poucas, para não se confundirem ou distraírem, a maioria silenciosa dará a resposta.
Esta maioria silenciosa será a que determinará o futuro de um governo. À esquerda não creio, à direita com algumas dúvidas, ao centro com uma boa dose, não de certeza, mas de convicção.
A governação ao centro será uma probabilidade se António Costa vencer, dada a já boa disponibilidade de Rui Rio ajudar a concentrar a força necessária para as reformas de um país que se deseja mais europeu.
É que, com a paz do, e no PSD, Rui Rio sem adversário à altura para lhe disputar a liderança e como imposição também do seu eleitorado, não enjeitaria a hipótese de ajudar a encontrar uma solução governativa ou de apoio a um governo do PS capitalizando para o futuro.
Se o PSD vencer as eleições e Rui Rio assumir o cargo de Primeiro-Ministro, tal já me parecerá mais dificultado, pelo facto de o PS poder entrar numa enorme confusão pela liderança do partido. A não ser, claro, que António Costa assuma uma posição diferente e se mantenha no Parlamento.
Se António Costa abandonasse a liderança do PS, o país poderia ficar quase ingovernável, com o PS desmembrado, com Deputados mais ao centro e outros mais à esquerda, o que dificultaria o diálogo institucional.
Mas como já tem sido hábito, Rui Rio tem uma especial capacidade de tornar fácil o que parece difícil, encontrar soluções e avançar para a conjugação de vontades que o eleitorado lhe terá confiado.
Como as sondagens o reafirmam continuamente, o centro político vence sem apelo nem agravo. À esquerda e à direita ficam os partidos e os líderes que farão o possível e impossível para armadilhar um qualquer governo. É que, se assim não fosse, o Parlamento ficaria amputado de alguma consciência crítica, dos que pensam e criam alternativas e de outros que não fazem a mais pequena ideia do que lá estão a fazer!
O eleitorado e os militantes do PS não perdoariam a António Costa se reeditasse uma maioria que, no seu próprio dizer, não foi confiável!
Os parceiros não foram confiáveis, não viabilizaram o Orçamento de Estado – portanto não irão viabilizar outro cujos os princípios a observar serão os mesmos ou semelhantes – e por isso, o PS deverá encontrar outras formas de governar.
A não ser que António Costa deseje “deslocar-se” para a Europa, ou já ter definido para o seu futuro político, ser candidato a Presidente da República.
A cada momento existe uma estratégia e um táctica. Ficaremos a saber dentro de pouco tempo o que fará.

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