Opinião: 50 mil milhões de euros…
A presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, esteve a semana passada em Lisboa a fim de dar luz verde ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo Governo português junto das instâncias europeias. São cerca de 15 mil milhões de Euros que visam reforçar a competitividade do país durante os próximos anos, contribuindo assim para um crescimento de 3,5% do PIB acima do nível que se teria verificado num cenário sem PPR.
Sucede-se que alem destes fundos europeus, Portugal irá igualmente receber cerca de 30 mil milhões de Euros provenientes dos tradicionais fundos da Política de Coesão, normalmente destinados a projectos de índole regional e local centrados na modernização de infraestruturas, conhecimento e inovação, agricultura ou sector marítimo e das pescas. Naturalmente que uma importante parte caberá à Região de Coimbra, tendo esta de fazer opções estratégicas que sejam capazes de a catapultar em termos nacionais e internacionais.
Conforme já aqui referi há 6 meses, os novos fundos europeus oferecem uma oportunidade sem precedentes para acelerar a recuperação económica e reforçar o compromisso assumido com a transição ecológica e digital, mas depende de Coimbra saber quais serão os factores críticos de sucesso, quais os projectos estratégicos a adoptar, que efeitos estruturais a médio/longo prazo se pretende alcançar, como se pretende modernizar o tecido empresarial ou aumentar as competências dos seus cidadãos?
Tal como o PRR foi alvo de uma grande discussão estratégica à escala nacional, também os fundos da Política de Coesāo devem ser alvo de uma reflexão estratégica a nível regional. Esta tem de ser uma oportunidade de mudança, de modernização e de transformação da nossa Região. Afinal, que Coimbra queremos ser em 2030?