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Iluminação que permite surfar à noite na Figueira da Foz é hoje inaugurada

06 de setembro às 17h55
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A Praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, conta a partir de hoje com iluminação à noite para permitir a prática de surfe e ‘bodyboard’ para lá do pôr-do-sol.

A iluminação da praia situada na margem esquerda do Mondego, junto ao molhe sul, vai ser ligada hoje pela primeira vez, entre as 20H00 e as 00H00, para garantir a prática de “diferentes desportos de deslize” à noite, afirmou o município da Figueira da Foz.

A instalação de iluminação, investimento de 75 mil euros, surgiu de uma proposta no Orçamento Participativo da Figueira da Foz, que não venceu, mas que o município decidiu aproveitar, “pelo número de participantes e de votantes tão significativo”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro.

Em 2019, houve uma experiência piloto para testar a iluminação das ondas, com uma estrutura temporária.

A iluminação que hoje é inaugurada irá funcionar das 20H00 até às 00H00 todos os dias, pelo menos até “outubro ou novembro”.

“Neste período experimental, estamos a articular com o comandante do Porto e com as associações e escolas de surf que funcionam no Cabedelo, até criarmos um regulamento”, salientou.

Posteriormente, será a Capitania que dará o aval, mediante as condições do mar, sendo apenas o sistema ligado “mediante solicitação de escolas de surf ou de alguma associação que surja para esse efeito”, explicou.

“Não queremos que esteja ligado para nada, quer por questões económicas, quer por questões ambientais”, frisou Carlos Monteiro.

De acordo com o presidente da Câmara da Figueira da Foz, o horário deverá ser antecipado, encurtando também a hora final.

O sistema funciona em telegestão, podendo ser ligado ou desligado de qualquer ponto.

“Na nossa perspetiva, isto terá impacto. É uma oferta diferenciadora. Não conheço nem em Portugal nem na Europa nenhuma zona de prática de surf e bodyboard com iluminação noturna”, destacou Carlos Monteiro, notando ainda que este sistema poderá também ser útil para provas e campeonatos, pois “o limite de tempo não será tão apertado”.

A intervenção foi integrada numa obra de requalificação de toda a zona do Cabedelo, que contou com duas empreitadas (uma de 2,6 milhões de euros e outra de dois milhões de euros), em que foi feito um reforço do cordão dunar, uma valorização da praça, a criação de mais parques de estacionamento e passadiços, referiu.

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1 Comentário

  1. Mel diz:

    E na nossa perspetiva, também isso terá um impacto, sim senhor. A ver vamos o impacto que isso terá. E serão os senhores biólogos marinhos a entender melhor o impacto que isso tem.
    Nunca queremos nada de nada, não será isso verdade? Mas por questões económicas faz-se de tudo.

    "Não queremos que esteja ligado para nada, quer por questões económicas, quer por questões ambientais”, frisou Carlos Monteiro.", é das falácias mais tontas que se têm lido a este propósito. Liga-se só um bocadinho, não é assim? Depois cá estão os senhores biólogos para ver o impacto do bocadinho ligado para nada. Vai-se a ver, com tamanha circularidade imbecil e obtusa, até se arranjam umas bolsitas de doc e post-doc da FCT para estudar o impacto do bocadinho, e lá vem ainda a iluminação da praia do Cabedelo a dar emprego a mais uns exemplares da mendicância científica.

    Muitos sabem que a luz artificial nocturna – LAN (em inglês, Artificial Light at Night – ALAN), poderá conduzir a alterações drásticas nos ecossistemas marinhos, uma vez que mais áreas de escuridão natural se tornam, por acção humana, iluminadas. É importante compreender a influência da LAN na ecologia de organismos marinhos, uma vez que nos permite delinear e construir medidas de protecção em caso de desenvolvimentos futuros, mas também de constituir medidas paliativas e de remedeio do impacto ambiental das já existentes estratégias de iluminação costeira.
    https://www.sciencedirect.com/science/article/pii

    O Sr.Carlos Monteiro parece necessitar ser recordado que há um certo tipo de ESCURIDÃO obscurantista que nunca é bem-vinda, por oposição a um certo tipo de ESCURIDÃO in natura, que conviria fosse quase sempre, ou o mais das vezes, para ser deixada tal como é.
    Também há a escuridão post extremae unctionis que é a que ocorre depois do blecaute definitivo. Mas dos que dessa escuridão são acometidos, nunca ninguém soube contar se se pode nela surfar.

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