Dia Paralímpico: Centro Rovisco Pais mostrou que só fica no sofá quem quer
“É um verdadeiro desperdício de tempo estarmos em casa, quando há um mundo tão grande para descobrir”. Ana Catarina Correia é atleta paralímpica de boccia e ontem esteve presente no Dia Paralímpico, iniciativa promovida pelo Comité Paralímpico de Portugal (CPP) e que, este ano, decorreu no Pavilhão Alfredo Maia, no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro-Rovisco Pais (CMRRC-Rovisco Pais).
Com o apoio da direção da unidade de saúde e recuperação instalada na Tocha, no concelho de Cantanhede, a iniciativa desafiou utentes, e audazes curiosos, em sete modalidades adaptadas: atletismo, badminton, boccia, canoagem, ciclismo, ténis de mesa e tiro.
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o CMRRC-Rovisco Pais voltou a mostrar porque é que o desporto pode fazer a diferença na recuperação, reabilitação e integração de qualquer pessoa.
“Para nós é um enorme momento de alegria. Os doentes e as famílias veem claramente que há formas de ultrapassar as dificuldades através de algo tão benéfico como é o desporto”, enalteceu o presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, Alexandre Lourenço.
A recuperação através da prática desportiva é algo que está intrínseco ao CMRRC-Rovisco Pais, unidade que está integrada precisamente na ULS Coimbra. Apesar de já ter tradição em modalidades como o andebol em cadeira de rodas, o remo adaptado ou o ténis de mesa adaptado, a ULS Coimbra, assegurou Alexandre Lourenço, “pode fazer muito mais” pelo desporto que, na ótica do responsável, “é algo que deve ser fomentado, em todas as idades e circunstâncias”.
Três grandes objetivos
“Diria que temos três objetivos. O primeiro é assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Em segundo lugar, queremos trazer e sensibilizar jovens, e menos jovens, para a prática desportiva. Em terceiro, se possível, queremos encontrar novos atletas, que possam chegar ao Alto Rendimento”, confidenciou o presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Manuel Lourenço.
O dirigente recordou que “é importante que as famílias compreendam que a prática desportiva, por parte dos seus familiares, lhes acrescenta qualidade de vida”. Com a presença dos atletas paralímpicos Floriano Jesus (canoagem), Ivo Rocha (natação), Ana Catarina Correia (boccia) e Beatriz Monteiro (badminton), o Dia Paralímpico contou com a participação de mais de cinco dezenas de utentes.
“É importante eles perceberem que há prática desportiva, mesmo estando numa cadeira de rodas”, contou o coordenador da FP Atletismo, José Silva, que assegurou que a federação pode ceder material “ao atleta ou à instituição para que eles possam ter o seu desenvolvimento”.
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