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Covid-19: Vacinação obrigatória não está na ordem do dia em Portugal

02 de dezembro às 16h43
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O Presidente da República afirmou hoje que a vacinação obrigatória contra a covid-19, ponderada agora por diversos países, não é uma questão na ordem do dia em Portugal, que deve é prosseguir a vacinação “espontânea, voluntária e massiva”.

“Não me pronuncio sobre a matéria, porque não é um tema da ordem do dia. O tema da ordem do dia é a vacinação, mesmo não obrigatória, avançar em força, e está a avançar”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à imprensa em Estrasburgo, França, à margem de uma cerimónia de homenagem europeia ao antigo Presidente francês Valéry Giscard d’Estaing.

Um dia após a própria presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter admitido um debate ao nível da União Europeia sobre vacinação obrigatória anticovid-19, quando 150 milhões de pessoas não estão vacinadas e já mais de cinco milhões morreram devido à doença, o Presidente da República observou que “essa matéria a nível europeu está a ser debatida e vai ser debatida”, mas Portugal não deve ficar à espera da conclusão desse debate.

“Avancemos nós com a vacinação espontânea, voluntária, massiva que temos tido. Mais vale prevenir do que remediar, e, ao avançarmos, estamo-nos a antecipar àquilo que outros países ainda demoraram tempo a discutir”, apontou.

Marcelo Rebelo de Sousa revelou, a propósito, ter escutado hoje mesmo elogios ao exemplo da campanha de vacinação de Portugal de várias personalidades políticas europeias que participaram na cerimónia de homenagem a Giscard d’Estaing, no Parlamento Europeu, um ano após a morte do antigo Presidente francês.

“Ainda há pouco tive um encontro bilateral com o Presidente alemão [Frank-Walter] Steinmeier e ele elogiava o exemplo de Portugal, agora com o Presidente do Parlamento Europeu [David] Sassoli e elogiava Portugal, a Presidente grega elogiava Portugal, o Presidente da Eslovénia elogiava Portugal, o Presidente búlgaro elogiava Portugal, o Presidente [francês Emmanuel] Macron elogiava Portugal. Porquê? Porque nós estamos no topo da vacinação. Começámos mais cedo, estamos no topo e queremos mais. E eles próprios sentem que precisam de mais e estão a ter dificuldade nos seus países que felizmente nós não temos”, reforçou.

Questionado sobre que Natal podem os portugueses esperar este ano, retorquiu que terão “aquele que quiserem”, se continuarem a vacinar-se e a cumprir as regras sanitárias.

“Isto é, eles estão a querer, e bem, vacinar-se. E se continuarem a querer vacinar-se, se aderirem, como têm aderido, à vacinação, e se, ao mesmo tempo, respeitarem as regras sanitárias, terão um Natal que é simultaneamente de abertura, mas de bom senso. E é este equilíbrio que é fundamental”, declarou.

Por fim, comentando a nova variante Ómicron, o Presidente da República apontou que é necessário aguardar um pouco mais para recolher a informação necessária e atuar em conformidade.

“É muito simples: neste momento espera-se, e faltam 15 dias, para se se saber os estudos efetuados laboratorialmente, e manda o bom senso que se espere por esses estudos para saber o que se há de fazer. Mas até lá vamos confiar naquilo que dizem os especialistas sul-africanos, que lidaram com a realidade”, e segundo os quais “há um contágio mais intenso, mas não uma letalidade, uma mortalidade maior”.

“Vamos esperar pelos estudos”, concluiu.

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