AG “quente” apresenta passivo de 3.6 milhões da SDUQ da Académica
Cerca de 200 associados do Organismo Autónoma de Futebol da Académica (AAC/OAF) ficaram ontem a conhecer as contas da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) da época 2022/2023. Contas que demonstram um passivo, à data, de cerca de 3.6 milhões de euros contra ativos de 1.1 milhões, e um capital próprio negativo de mais de 2.4 milhões de euros. O balanço da época, ainda assim, foi positivo, em cerca de 1,6 milhões de euros.
A gerência da SDUQ, nomeada pela direção eleita em junho de 2022, denunciou que, à altura da sua entrada se verificava “um incumprimento generalizado dos pagamentos ao estado, trabalhadores e fornecedores desde janeiro de 2022”, o que motivou a apresentação da insolvência da SDUQ.
O presidente da AAC/OAF, Miguel Ribeiro revelou aos associados que à data, “os pagamentos a funcionários, e [treinadores da] formação estão em dia. Os jogadores do futebol profissional também têm tudo pago. Eletricidade, água, gás… e plano de insolvência, está tudo pago e a ser cumprido”.
Miguel Ribeiro mostrou-se “triste por não subir” de divisão e admitiu que “foi infeliz o comunicado” feito após esse jogo, que admitia o fim das aspirações de subida. “Tínhamos o 2.º orçamento mais baixo das oito equipas da fase de apuramento de campeão, mas sonhámos”, admitiu.
No ponto 2, o presidente Miguel Ribeiro explicou que as contas da AAC/OAF ainda não foram apresentadas porque ainda não foi decidido o processo de insolvência.
“O plano foi aprovado a 19 dezembro de 2023. Estamos quase em junho, e, desde fevereiro, um credor com grande litigância, deduziu embargos, dizendo que OAF não está insolvente. Está ainda a decorrer e o prazo vai terminar a 14 de junho. A partir daí já pode haver decisão em primeira instância em relação ao processo de insolvência”, afirmou.
Momento de Tensão
Miguel Ribeiro admitiu ainda que o futuro da Académica “pode ser uma Sociedade Anónima Desportiva”. “Estamos a trabalhar nesse sentido”.
A reunião, “quente”, ficou ainda marcada, na fase inicial, por uma altercação entre o sócio João Paulo Fernandes e o presidente Miguel Ribeiro, tendo o associado acusado o dirigente de o ter chamado de “anormal de m*****” enquanto este se dirigia ao púlpito para falar. O momento provocou uma confusão na sala, com várias trocas de acusações e foi necessária a intervenção de outros associados para acalmar as hostes.
A esta hora (22H40) ainda não se iniciou a discussão do ponto 3, para a votação das contas da AAC/OAF SDUQ relativamente à época 2022/2023.