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Opinião: Afinal a “coisa” até pode correr mal!

12 de novembro às 13h29
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Há males que vêm por bem! Haverá mesmo? Parece-me bem que sim!
Quando todos, mesmo todos, mostrávamos preocupação sobre o futuro do país, eis que alguns dão sinais que nos deixam mais sossegados, tranquilos até…porque são coisas diferentes!

As últimas entrevistas dos líderes do PS, PSD e CDS/PP são a demonstração inequívoca de que todos poderemos ter esperança. Esperança, naturalmente, que as reformas necessárias para o desenvolvimento do país serão feitas “em passo de corrida”!
António Costa saiu do registo, já gasto, de que o PSD seria uma força política com que o PS não conversaria. E ainda bem, porque a grande maioria das reformas deverão – são obrigatoriamente – feitas com 2/3 dos deputados da Assembleia da República.

Percebeu, e mais vale tarde do que nunca, que a geringonça nunca mais vai ter pernas para andar. Não, seguramente, por vontade própria, mas porque, naturalmente, os militantes e votantes do PS já não desejam que se repita.

A negação do orçamento de Estado por BE e PCP gerou grandes desconfianças no que à coerência reporta. Os portugueses não mereciam um tal desfecho apenas por taticismos hipócritas. Erraram na análise e vão pagar caro por isso!

O PS é de esquerda e não precisa de muletas para se assumir enquanto tal. Não colocou, e António Costa fê-lo bem, o partido à frente de Portugal. As políticas em defesa do comum cidadão há muito que são corporizadas por esta força política.

O PSD, por intermédio de Rui Rio, eventualmente e naturalmente reeleito seu Presidente, assumiu de forma clara que está em sintonia com António Costa e o PS. Servir Portugal é assumir que deverão conversar como pessoas civilizadas no pressuposto de que todos somos importantes.

É verdade que António Costa redimiu-se de afirmações anteriores – quem nunca se enganou que atire a primeira pedra – e também assumiu que o nosso país não pode “ficar de fora” daquilo que é desígnio de uma Europa solidária.

A conflitualidade assumida por Paulo Rangel não é boa conselheira, dadas as mais variadas crises a que todos juntos deverão, deveremos, fazer frente.

Vivemos um período de grandes incertezas. Quando uma universidade americana – no mês de agosto – afirmou que Portugal em Outubro/Novembro iria passar por uma nova vaga, muitos desdenharam. Não se tomaram os cuidados, não se preveniu, contrariando a lógica de governação e a sua definição.

Achei piada e não só à entrevista de Francisco Rodrigues dos Santos, mais à frente denominado por Chicão – seja lá o que for que isso signifique!

Naturalmente, ser denominado desta forma não abona nada em seu favor, Retira-lhe credibilidade, o que parece ter sido a intenção dos seus adversários e detractores.

Afirmar que é de famílias humildes poderá ter acicatado alguns dirigentes centristas, ou ex-dirigentes, que se arrogam de pertencer a uma determinada casta e poder consuetudinário!

Chicão veio baralhar o esquema, ainda que tenha consideração por Nuno Melo, afirmando que “alguns” acham que “aquilo” – os lugares – são sempre para os mesmos e que outrem deveriam ser meros observadores e “servos da gleba”!

Até por aqui, no CDS/PP, se vê que Portugal está a mudar. Até porque, reivindicando-se da democracia cristã, os tais não poderiam nem deveriam ser elitistas, porque não foi isso que lhes ensinaram no catecismo!

PS sem conflito interno – por agora – PSD e CDS/PP em resolução, ainda poderemos ter esperança!

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