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Ucrânia: Município da Lousã reforça medidas de solidariedade

04 de abril às 11h33
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A Câmara Municipal da Lousã reforçou as medidas de apoio a refugiados da Ucrânia para os apoiar na sua integração na comunidade, no âmbito da iniciativa “Solidariedade com a Ucrânia”.

Após uma primeira fase de iniciativas de apoio simbólico, a autarquia, numa segunda fase, já acolheu cerca de 35 refugiados no concelho, dos quais 21 mulheres e oito crianças, informou o município numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

O Câmara Municipal criou uma linha direta de contacto, através do número 966 386 437 ou do endereço eletrónico para organizar as ofertas de alojamento.

“Paralelamente à oferta privada, a autarquia celebrou um protocolo com a Associação Cristã da Mocidade (ACM), de forma a garantir alojamento para todos. Além do alojamento, foi garantido o apoio alimentar”, bem como distribuídas roupas e vales de compras.

De modo a contribuir para a integração na comunidade, a equipa de intervenção social da autarquia, em coordenação com a Segurança Social e com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), contactou todos os cidadãos acolhidos, de maneira a analisar as suas necessidades e encontrar as “melhores soluções para a integração profissional e no sistema educativo”.

O município deu ainda nota de que em conjunto com a Associação Empresarial Serra da Lousã (AESL) foram identificadas cerca de 50 possibilidades de integração profissional, que vão ser adequadas aos perfis dos cidadãos acolhidos.

Relativamente à educação, foram realizadas reuniões a fim de encontrar as melhores soluções para crianças e jovens.

“Foi ainda garantido todo o apoio no processo burocrático e identificadas as necessidades logísticas, nomeadamente material escolar, computadores e transporte, para que estas crianças e jovens possam frequentar as aulas, com um currículo adaptado a esta fase de integração”, adiantou aquele município do distrito de Coimbra.

A Câmara Municipal da Lousã requisitou um professor de apoio ao ensino do português como língua não materna, para que a barreira da língua seja “facilmente ultrapassada”.

Foram ainda criadas condições para que os alunos possam continuar a ter as aulas da Ucrânia, à distância.

Neste momento estão a ser contactados parceiros culturais, associativos e desportivos, com o objetivo de integrar estes cidadãos na vida da comunidade lousanense.

A autarquia vai organizar uma visita guiada aos pontos de interesse turístico e cultural do concelho, para dar a conhecer o seu território a estes cidadãos.

“Esta grande lista de medidas que implementámos revelam o empenho que colocámos neste assunto e que certamente merece de todos nós uma profunda empatia”, concluiu, citado na nota de imprensa, o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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