“Somos uma escola de liberdade”, afirma Carlos Santos
A Escola Secundária Joaquim de Carvalho assinalou, esta semana, o 89.º aniversário. A sua história tem acompanhado a dinâmica do país. Antes de ostentar o atual nome, começou por ser um liceu municipal, foi elevada à categoria de liceu nacional e, a seguir ao 26 de Abril, passou a designar-se escola número dois (existem três escolas secundárias na cidade), acabando por adotar como patrono o ensaísta e professor figueirense. As atuais instalações foram construídas em 1968.
Na cerimónia, o diretor, Carlos Santos, afirmou que aquele é um espaço onde reina a liberdade. “Somos uma escola de liberdade, uma escola de ideias”, acentuou o dirigente. O estabelecimento de ensino não está agrupado, no âmbito de um contrato de autonomia assinado com o Ministério da Educação.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Santos revelou que a escola gostaria de receber como “prenda” de aniversário, “sem pôr em causa a qualidade dos professores, que o Ministério da Educação, de uma vez por todas, garantisse que, nos próximos anos, não haja falta de professores e que haja um rejuvenescimento da classe docente”.
Neste momento, a média de idade dos professores do quadro da Escola Secundária Joaquim de Carvalho situa-se nos 58 anos. “[Esta média] é muito elevada. No país está na casa dos 50 anos”, reconheceu Carlos Santos. Daqui a quatro anos, dos 75 docentes com vínculo efetivo à escola, apenas restarão 20.
Prémios para os melhores e mais assíduos
A Escola Secundária Joaquim de Carvalho foi intervencionada há 10 anos. Renovou-se e ganhou novos espaços. “A intervenção foi bastante positiva, em termos de requalificação do espaço, novos laboratórios, novas salas de aulas, novo pavilhão e novo auditório. Essencialmente, ganhámos muitos espaços interiores, o que levou a que houvesse uma redução dos alunos que saem da escola nos intervalos”, observou o diretor.
As comemorações do 89.º aniversário da Escola Joaquim de Carvalho incluíram a entrega de prémios aos melhores alunos de cada ano do ensino secundário. Os prémios de mérito escolar têm valor pecuniário: 300 euros para o melhor aluno do 12.º ano, 250 para o do 11.º e 100 para o do 10.º. São patrocinados pelas empresas Celbi e Sinase, Associação Joaquim de Carvalho e a própria escola. Foram ainda distinguidas as turmas onde se registou maior assiduidade às aulas, um do secundário e outra do 3.º ciclo. A escola é frequentada por 1130 alunos.