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Qual deve ser a principal prioridade do executivo camarário da Câmara Municipal da Figueira da Foz?

09 de dezembro às 13h06
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Nos últimos 30 anos o nível médio do mar subiu cerca de 8 cm, o volume de sedimentos debitado pelos rios para as nossas praias tem vindo a diminuir em consequência da construção de novas barragens e o aumento do Molhe Norte teve o efeito de reter as areias trazidas pela corrente marítima norte-sul.

Estes três fatores têm contribuído para o défice de areia e de dunas que servem de proteção natural às povoações da Cova Gala, da Costa de Lavos e da Leirosa, aumentando a erosão costeira.

O omnipresente risco de o mar invadir a terra do sul do concelho deveria merecer atenção prioritária do atual executivo. Considero que é o assunto prioritário porque o que está em causa são pessoas e bens e sobretudo porque não sabemos quando irá ocorrer a próxima intempérie que irá lançar o mar terra adentro.

Não sabemos se ocorrerá dentro de 3 semanas, dentro de 3 meses ou dentro de 3 anos. O que sabemos é que a ciência nos diz que tem vindo a aumentar a probabilidade de ocorrência de fenómenos tempestades extremas, como consequência do aquecimento global com origem na atividade humana.

É urgente implementar as soluções preconizadas pelo Grupo de Trabalho do Litoral, em particular a solução do bypass que permitirá a transposição da areia acumulada no Molhe Norte para as praias do sul do concelho.

Especialmente, depois de o Ministro do Ambiente João Matos Fernandes ter anunciado em agosto deste ano que o bypass é para avançar depois de a Agência Portuguesa do Ambiente ter designado esta solução como a mais indicada para a Figueira.

Cabe agora ao Executivo Camarário usar da sua influência nas instâncias nacionais para fazer pressão para que a obra seja executada com urgência.

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