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Opinião: Quem comunicar melhor, vencerá

12 de janeiro às 13h07
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Passados que são, o Congresso do Partido Socialista que aparece agora aos eleitores unido nas diferenças – porque as há…e até quando? – e o acordo firmado entre o Partido Social Democrata, o Centro Democrático e Social – já sem o PP – e o Partido Popular Monárquico, o país real está de novo no centro das atenções.
Registo que, e curiosamente, foi Pedro Nuno Santos que puxou pelos congressistas e não os congressistas por Pedro Nuno Santos. Quererá isto significar que o “povo socialista” preferia a unidade após discussão dos diferentes pontos de vista, e por tal, alguma desilusão por não ser chamado a debater as propostas dos dois candidatos, ou pelo contrário, esta foi a afirmação de liderança de Pedro Nuno Santos?
Não resta a mínima dúvida sobre a confiança e determinação do PS e do seu líder em vencer as próximas eleições legislativas. Parece até que, as Eleições Regionais dos Açores já em fevereiro não têm a mínima importância.
Mas também na nova AD existe uma renovada esperança de vencer as eleições, dado que o somatório dos votos assim o poderá determinar.
Todos os outros partidos com menor base eleitoral poderão ser vítimas de uma radicalização e bipolarização – são coisas diferentes e poderão ser complementares! – entre o PS e a AD, jogando ambos no que se designa por voto útil.
Se à direita, e apesar de juras de não dar ao CHEGA a hipótese de se associar a um governo poderá existir uma maioria embora a AD possa perder as eleições, já à esquerda poder-se-à esfumar uma maioria se BE e PCP forem vítimas do voto útil.
Quem afirmou que nunca faria um acordo com o CHEGA foi o PSD e não a AD!
Que força eleitoral, perante o voto útil, poderão ter PAN, Livre, IL, e com quem se aliarão?
O PS terá então de lutar por vencer no dia 10 de Março com maioria absoluta. Tout court! Será, como tenho dito, “um contra todos”!
O congresso dos socialistas teve outra curiosidade. Mais uma. António Costa não descolou. Esteve também no encerramento. Dele foi a primeira e devida intervenção no congresso, logo de seguida Carlos César a fazer prova de vida e depois naturalmente o novo líder.
Parece-me que Pedro Nuno Santos terá sido condicionado desde sempre, apesar de representar uma nova geração a quem os portugueses vão dizer se confiam, ou rejeitam.
O problema do líder Pedro Nuno Santos e do PS está nos seus dois últimos anos de governação.
Problemas com a saúde e o SNS, problemas com a educação e a Escola Pública, problemas com a justiça – que Pedro Nuno Santos soube driblar no congresso não alinhando nos discursos tontos contra o PR e PGR – e agora também com forças policiais, trabalhadores dos caminhos de ferro, entre outros.
Não vale a pena ressuscitar velhos dramas e traumas. Muitos já não estão entre nós e a memória é curta.
O país espera por propostas claras sobre o nosso futuro colectivo.
Quem comunicar melhor será que ganha!

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