diario as beiras
Geralopiniao

Opinião: “O nosso progresso”

15 de março às 14h57
0 comentário(s)

Assistimos pelas televisões à queda do Governo, pela segunda vez, em Portugal, no tempo recorde de menos de 12 meses. Quererá isto dizer que os contribuintes portugueses estão desgraçados por falta de gente competente para os governar?
É difícil de compreender porque é que, com o país que temos, recheado de tantos e bons recursos, cultura e tradições, e as fornadas de altos quadros licenciados e doutorados, que o coletivo nacional não consiga gerir melhor o atual estado de saúde precário do SNS, por exemplo. Ou porque será que os cemitérios de freguesia têm atualmente melhores condições de acolhimento para mortos do que os hospitais para vivos?
Nos últimos 15 anos de ensaios de governação política a várias cores, constatou-se que os governantes eleitos não resolvem os problemas dos cidadãos contribuintes. No tempo em que havia a Casa do Povo, a vida das pessoas seguia pobre, mas era organizada e respeitada, até na aldeia. Hoje, constatamos que a Assembleia da República, que deveria supostamente legislar em benefício do bem-estar do cidadão comum, foi transformada numa casa inestética ao serviço de quem a habita.
Será que vale a pena continuar a pagar por eleições se o que recebemos em troca é de má qualidade, sempre e cada vez mais medíocre?
No ano passado, curiosamente no mês Março também, questionei os leitores neste mesmo espaço, para que serve eleger políticos para nos governarem com mais ou menos negociatas, aumentando impostos ( 70% da produção individual é já coletada pelo fisco..); permitindo a péssima prestação de cuidados de Saúde pela classe médica; o aumento da pobreza, da imigração desregulada, da criminalidade e do crime organizado; a desvalorização dos salários e das carreiras profissionais; o aumento do custo de vida; o aumento do politicamente correto; da censura do pensamento crítico; e a desvalorização das nossas aldeias e o corporativismo predatório das nossas terras, cultura e tradições, entre outros.
Pode parecer pessimismo, mas esta realidade não é exclusiva a Portugal, porque também grassa nesta geografia. Todavia, é importante refletir e questionar se se justifica o país que o cidadão recebe em troca do enorme esforço que faz diariamente para financiar esse Estado de coisas. Após as eleições continuamos a não saber quem é esta gente que nos desgoverna, deixando o poder com problemas com a Justiça.
O que aprendemos com tudo isto?

Pode ler a opinião na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

Autoria de:

Opinião

Deixe o seu Comentário

O seu email não vai ser publicado. Os requisitos obrigatórios estão identificados com (*).


Últimas

Geral

opiniao