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Opinião: “O Dia da Cidade”

05 de julho às 12h24
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A nossa cidade de Coimbra completa mais um ano de vida e com isso soma mais história e estórias à sua larga experiência de saber acolher quem lá vive e por lá passa, mesmo apesar da dureza dos tempos de pandemia. Celebrar o 4 de Julho em Coimbra é sinónimo de valorizar uma identidade, raízes e tradições locais, ou seja, um legado e pertença a uma comunidade onde acolhemos e somos acolhidos. Parecendo óbvio o valor deste natural património imaterial das nossas comunidades, os tempos que atravessamos parecem ter o mérito de revalorizar esta dimensão identitária de proximidade e relançar a discussão da superconcentração da população versus concentrações governáveis em cidades de média dimensão. Embora seja ainda muito pouco claro o que significará a nova normalidade, esta pode muito bem ser um princípio de “urbanização reversa” bem interessante para cidades como Coimbra onde o humanismo da comunidade, a segurança humana, o acesso a serviços e ação social não deixam ninguém para trás. Esta pandemia, ao contrário de outras já vividas pela humanidade num mundo incomparavelmente menos integrado do que o de hoje, já abriu dúvidas permanentes à importância de se viver perto do trabalho ou de se trabalhar perto de onde se vive. Qualquer que seja o novo normal, parece estar certa a dinâmica de um êxodo massivo que provocará rebalanceamentos geográficos à escala global no qual todos tenderão a priorizar uma maior qualidade de vida, estar acolhidos culturalmente e melhor preparados para a próxima crise global. A vida em comunidade e as cidades voltarão mais fortes depois da pandemia ainda que seguramente com novas exigências e modelos de crescimento.

Pode ler a opinião de Rui Duarte, que reside na Suíça, na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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