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Opinião: Igualdade avança

29 de janeiro às 10h14
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Nos últimos anos, a paisagem da liderança corporativa na Suíça tem sofrido uma mudança sísmica, particularmente na igualdade de género. Com as mulheres a ocuparem agora cerca de 30% dos cargos nos conselhos executivos das 50 maiores empresas, uma revolução subtil está a desenrolar-se nos escalões tradicionalmente dominados por homens no mundo empresarial suíço. Empresas como a Logitech e a Sandoz estão na vanguarda, ostentando uma representação de 50% de mulheres em cargos de topo de gestão. A powerhouse de recursos humanos, Adecco, vai ainda mais longe, com as mulheres a constituírem 56% do seu conselho executivo. Estes números não são apenas cifras num excel mas sim testemunhos de um ethos em mudança, um novo paradigma de liderança que valoriza a diversidade, a igualdade e a inclusão. Esta evolução não é apenas uma gestão de quotas ou mandatos regulatórios. O governo federal suíço estabeleceu metas com um valor indicativo de 30% para mulheres em conselhos executivos até 2026 e uma quota de 20% para a gestão sénior até 2031. No entanto, muitas das maiores empresas do país estão já a superá-las. Isto não é conformidade, é compromisso. Por outro lado, a luta pela igualdade de género está longe de terminar pois a proporção de mulheres em cargos de liderança diminui significativamente quando olhamos para empresas menores. Entre as empresas de médio porte, as mulheres ocupam apenas 14,7% da liderança, um aumento de apenas 0,8 pontos percentuais desde 2021. Esta disparidade acentuada sublinha um desafio: a jornada em direção à igualdade de género é irregular e repleta de obstáculos sistémicos. Em conclusão, uma coisa é clara – a liderança está a mudar, e é uma mudança que promete não apenas mais igualdade mas também inovação e crescimento sem precedentes.

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