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Opinião: Engana-me que eu gosto!

16 de novembro às 13h38
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No último artigo abordei a relação bipolar do Partido Socialista com a Nova Maternidade de Coimbra, em que por um lado escolhe a sua futura localização, mas pelo outro está contra esta!
Mas esta relação bipolar não se esgota só no tema da maternidade. Exemplo disso foi o sentido de voto da bancada do Partido Socialista que inviabilizou a transferência do Tribunal Constitucional para Coimbra.
Nesta votação a esmagadora maioria dos seus deputados abstiveram-se, inviabilizando transferência do Tribunal Constitucional visto ser necessária uma maioria de 116 votos a favor. Foram poucos os deputados do Partido Socialista que votaram a favor entre os quais os deputados do PS Coimbra, procurando se desresponsabilizar das consequências do sentido de voto da própria bancada.
Este tipo de repartição de sentidos de voto de forma a atirar areia para os olhos dos eleitores, tem sido empregue pelo Partido Socialista sempre que o sentido de voto nacional cria algum desconforto às estruturas locais. Outro exemplo disso ocorreu na votação dos projetos de Resolução sobre as carreiras dos motoristas dos transportes públicos.
É caso para se dizer que não é defeito é feitio!
Mas se a dissimulação ficasse por aqui, apenas validava a tese sobre a bipolaridade do Partido Socialista. Mas não, dos curtos minutos que passaram nas televisões muitos ficaram com a precessão que era a extrema esquerda que não queria chegar a um acordo que viabilizasse a aprovação do Orçamento de Estado, enquanto que para quem assistiu a todo o debate e conversas de corredores, foi por demais evidente que quem não quis chegar a acordo foi António Costa.
Vários foram os exemplos de possibilidades de entendimento. Com o Partido Comunista Português passava pelo salário mínimo, com o Bloco de Esquerda passava pelo compromisso com algumas das nove propostas e até a hipótese de entendimento com o PSD Madeira foi ignorada.
Poder-se-á perguntar quais serão os motivos que levam a que António Costa deseje tanto eleições nesta altura? No entanto termino deixando o repto para que destas eleições não sejam beneficiados os infratores. Ou seja, quem não quis chegar a acordo e procurou sacudir as culpas para os seus parceiros de “Geringonça”.

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