Opinião: Banalidades
Hoje é daqueles dias em que faço um esforço danado para escrever as linhas que seguirão. Há tanto, mas tanto para escrever…que me falta assunto!
Parece estranho, não é? Pois é. Mas é verdade!
Entre uma hesitação e mais outra, fica-me a sensação que tudo o que se tem passado desde 31 de janeiro é do domínio da imaginação.
Basta perceber o atentado à imaginação criadora de alguns, que semeiam palpites sobre a constituição do novo governo, como se o comum cidadão a tal dê muita importância.
Enganar a malta com palpites, tipo, “sonho de noite para dizer de dia”, é o que tem acontecido quando se “deitam” a largar palpites sobre nomes para o próximo governo.
Não me venham com a história que, “cada um fazia um governo”, como se tal fosse fácil como o é para comentadores, jornalistas e povo da “bola”!
Espanto-me com a ingenuidade de jornalistas já com muitos anos de acompanhamento da política e da forma como se expõem a colocar questões que não têm resposta!
Se fossem jornalistas em início de carreira, entendia-se!
Num dia desta semana um jornal diário dava à estampa uma entrevista de uma senhora administradora de um grupo importante da indústria automóvel. Como não estava presente o emblema da Volkswagen, a jornalista afirmou que, “na primeira página estava uma entrevista á CEO da “Vê Dâbliu”!
Vamos ao que interessa!
É claro que António Costa já sabe quem vai convidar para Ministros e indicar até alguns Secretários de Estado. Tudo tratado e tudo resolvido! Embora alguns ainda não saibam que vão ser convidados, porque o “segredo é a alma do negócio” e não falta quem “bata com a língua nos dentes”, é evidente que António Costa tem homens de confiança que fizeram as diligências necessárias para o efeito!
É assim que se tratam as coisas. Mas também existem formas de saber ou perceber quem vai ser convidado, quem continua ministro e quem vai sair.
Por vezes está mesmo à frente do nariz e passa ao lado! Distraídos, pois claro!
António Costa sabe que a “curiosidade matou o gato” e prepara-se sempre muito bem, demasiado bem até, antes de falar com jornalistas.
Os interrogados só dizem o que querem, no tempo em que querem e da forma que querem! Por isso, a estratégia deverá estar sempre em contraposição ao interrogado e ele ficar incomodado por não lhe perguntarem o que próprio quer.
A banalidade tem feito parte da sociedade portuguesa. E por ser banal, tanto enfase se tem dado à eleição de um deputado do Chega para Vice-Presidente da Assembleia da República!
Porque não perguntar ao presidente da Iniciativa Liberal a razão pela qual ele quer ir para a Mesa da Assembleia da República e não liderar o seu grupo parlamentar? Ele saberá a resposta, mas não será a sua resposta que deverá interessar, mas o facto! E o facto, é que a IL como o Chega não têm um programa para o País, nem a mínima ideia!
Por isso, irão continuar nas banalidades durante os próximos anos. A entreter a malta, como se a coisa saísse barata aos contribuintes!
São uma moda, mas como qualquer moda, depressa passará.
Assim o PSD queira…muito!