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Opinião: “As alternativas que a pandemia impulsionou”

10 de agosto às 12h56
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A pandemia Covid-19 impulsionou formas alternativas de interação, trabalho, estudo e lazer. A casa tornou-se um espaço multifacetado mas também de confinamento com medos e incertezas. A falta de estabilidade no emprego, o desemprego, as novas formas de trabalho e os confinamentos trouxeram novas realidades que requerem reflexão.
O relaxamento das medidas e o surgimento das vacinas vieram colorir o futuro de alguma esperança. Que desafios se colocam?

O desafio da Educação
O estudo em casa dotou crianças e jovens de ferramentas digitais, maior autonomia e permitiu maior consciencialização para a importância da infoinclusão.
O ensino tradicional terá que se adaptar, com maior recurso à tecnologia. O professor será, cada vez mais, orientador e impulsionador do conhecimento, curiosidade, criatividade, rigor e espírito crítico.
No futuro, poderão ser contemplados dias de trabalho escolar a partir de casa para os jovens do 3º ciclo e ensino secundário.

O desafio da Prática Desportiva
A pandemia proporcionou a diminuição da atividade física e o aumento do número de horas de écrans. Será estratégia de saúde pública o combate ao sedentarismo e o envolvimento na prática desportiva. O apoio a pequenas entidades desportivas ganhará expressão como forma de promoção da saúde física, saúde mental e inclusão social. Paralelamente, haverá um maior investimento em infraestruturas desportivas locais.

O desafio do Trabalho
O modelo misto presencial/online será um recurso. É importante repensar os horários de trabalho e de descanso para a promoção do bem-estar e uma distinção saudável de espaço/tempo de trabalho e familiar.
Programas de promoção de saúde mental em horário laboral e um acesso eficiente a serviços de saúde mental com o objetivo de aumento da produtividade e combate ao absentismo, serão estratégias empresariais.

O desafio do combate ao Desemprego
Proporcionar acompanhamento, aconselhamento e formação estratégica na procura de emprego será crucial na prevenção do desemprego de longa duração. Esta proximidade beneficiará os jovens e recém diplomados permitindo o desenvolvimento de competências pessoais e socioemocionais adequadas ao contexto de trabalho.
A articulação entre as instituições de ensino e as empresas será crucial.

O desafio do Envelhecimento
A promoção do envelhecimento saudável é uma realidade.
A tendência será a manutenção das pessoas idosas nas suas casas prevendo-se a expansão de serviços de apoio ao domicílio, cada vez mais diversificados e adequados às especificidades individuais. A intervenção nas demências será o foco das instituições residenciais que serão destinadas sobretudo aos grandes dependentes.

Pode ler a opinião de Laura Lemos na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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