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Opinião: “A desagregação de freguesias beneficia as populações?”

02 de maio às 11 h19
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Sim. Nos casos em que nada se ganhou com a perda de proximidade. As freguesias agregadas à força vão poder iniciar o processo de desagregação se assim entenderem. A verdade é que o objetivo da lei, que assentava em melhorar a prestação de serviços e reduzir custos, foi em muitas situações, anulado pelo desenho que viria a resultar em cada um dos concelhos. Uma freguesia é mais do que apenas organização administrativa. São pessoas, núcleos familiares, identidade cultural e modo de estar próprios.
A promoção do bem-estar de uma coletividade reside no sentimento de pertença e na integridade total destes seus vários planos. A mudança, que está sempre associada a perda, só é aceite pelas pessoas se lhes for evidente a sua necessidade e a contrapartida de um benefício efetivo.
Ora, mantendo-se a vontade de desagregação, percebe-se que não se sentiu o almejado benefício, pelo que o processo de devolver plena autonomia administrativa e identitária aos territórios deverá sim, prosseguir. Onde não gerou valor, a agregação só fragilizou o poder local ao afastar eleitos e eleitores.
É irrefutável, em especial depois destes dois anos de Pandemia, a importância de uma Freguesia presente. São elas o principal apoio das populações nas situações mais difíceis. As Freguesias sentem os problemas a par com os seus cidadãos. Identidade e proximidade, são as palavras chave.

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