Empate mais do que técnico e um Chega pr’a lá à tradição
Ponto prévio: nunca antes, em 18 eleições gerais e nacionais para o Parlamento, desde 1974, o resultado final foi o empate de ontem. E nem nos tempos míticos da televisão a preto e branco e da divulgação dos resultados eleitorais a entrar madrugada adentro se viveram os momentos de impasse (e de suspense) que ontem o país testemunhou.
Em rigor, quem venceu, ontem, foi a Aliança Democrática, que obteve mais votos e elegeu mais deputados do que o PS. Foi, no entanto, uma vitória “à justa” que só no limite se “livrou” de ficar dependente do próximo dia 20 – quando for oficial o resultado do sufrágio nos círculos da emigração e a distribuição dos quatro deputados.
Ponto positivo: a abstenção caiu a pique. Foram “apenas” 33,85% dos eleitores a ficar em casa. Nunca tinham sido tão poucos, nos últimos 15 anos, em que se realizaram seis atos eleitorais para a Assembleia da República.
Ponto relevante: só o Chega foi, ontem, verdadeiramente vencedor. Supera o milhão de votos, “engorda” o grupo parlamentar para o quádrupulo e bate o recorde do PRD que, em 1985, tinha atingido, a partir do nada, os 17,92% e os 45 deputados.
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