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Dezoito anos de prisão para madeireiro

23 de outubro às 09h00
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ARQUIVO – João Trota

O Tribunal de Coimbra condenou ontem a 18 anos de prisão um madeireiro de 37 anos por ter matado um homem em Tentúgal, no concelho de Montemor-o-Velho, em 2017, alegadamente por uma dívida de 80 euros.

O arguido foi condenado, em cúmulo jurídico, à pena de 18 anos de prisão, um ano pelo crime de profanação de cadáver, 17 anos pelo crime de homicídio qualificado e três anos e seis meses pelo crime de incêndio.

Além da pena de prisão, o arguido foi ainda condenado a pagar o total 55 mil euros de indemnização a cada filho da vítima.

O tribunal deu como provado grande parte da acusação nomeadamente a “questão dos eucaliptos”, que envolve um negócio entre a vítima e o arguido, no qual a vítima, toxicodependente, acordou a venda de eucaliptos num terreno que já não lhe pertencia.

Ficou ainda provado que “11 pancadas na cabeça causaram a morte da vítima”, não tendo sido possível apurar qual o objeto que terá sido utilizado.

O arguido, preso preventivamente, foi acusado de se ter deslocado até à casa da vítima em 10 de março de 2017, acompanhado por um jovem que trabalhava consigo.

Relativamente a esse jovem que colocou o arguido na hora e no local do crime, não ficou provado que o jovem “tivesse interferido no plano para matar [a vítima]”, disse o juiz.

O Ministério Público salientou que o arguido terá tentado queimar o corpo, mas a resposta rápida dos bombeiros ao incêndio evitou que o cadáver fosse consumido pelas chamas.

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