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A dura melodia da vida não impediu Luís de tocar e encantar com o trompete

23 de janeiro às 09h59
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DR/Facebook Luís Martelo

Nunca é tarde para se lutar por um sonho/desejo e nunca é tarde para se mudar de vida. Estas são duas “lições” que Luís Martelo aprendeu da forma mais exigente. Hoje, com 34 anos, o músico natural de Barcouço encanta o mundo com as suas sonoridades no trompete que levaram, inclusive, a uma distinção atribuída pela rainha Isabel II, do Reino Unido, e a um convite para criar uma melodia de um filme de Hollywood. Mas há uma história anterior a esta parte da “partitura da vida” de Luís.
A viagem de Luís teve início na Banda Filarmónica de Barcouço. “Comecei a tocar na banda filarmónica da minha terra, que é a Banda Filarmónica de Barcouço, no concelho da Mealhada, com sete anos”, contou ao DIÁRIO AS BEIRAS. A trompa foi o primeiro instrumento que tocou e, aos 11 anos, um novo maestro acabaria por mudar a sua vida. “Aos 11 anos a banda mudou de maestro e quando o novo maestro entrou para a banda, o senhor Fernando Vidal, era trompetista da banda do Exército. Foi ele que me deu o primeiro trompete e o meu pai na música. Até hoje, é como se fosse o meu pai verdadeiro”, confidenciou.
Fernando Vidal foi crucial na carreira musical, tendo tido “influência em tudo”, reconheceu o trompetista que reside em Bristol. “Foi ele que me preparou para ir para a Banda do Exército, para o Conservatório, foi ele que me apoiou em tudo”, realça. Aos 17 anos entrou no Conservatório de Coimbra, “não podia entrar antes porque os meus pais não tinham condições para eu ir para Coimbra”, referiu. No ano seguinte entrou “na Banda Sinfónica do Exército em Queluz”. Em Queluz, a vida muda e Luís passa a ser “músico profissional”.
Após três meses em Queluz, acabou por ser destacado para a Banda Militar de Évora. “Infelizmente, quem tinha que sair não era quem era melhor ou pior, mas sim os mais novos na banda, quem tinha entrado mais tarde”, recordou.

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