Tóquio2020: Portugal soma três medalhas numa só edição pela terceira vez
As três medalhas conquistadas por Portugal em Tóquio2020, pela atleta Patrícia Mamona (prata), o judoca Jorge Fonseca (bronze) e o canoísta Fernando Pimenta (bronze) constituem o terceiro ‘hat trick’ em Jogos Olímpicos.
Portugal, que nem ‘bisava’ desde Pequim2008, conseguiu hoje uma façanha que só tinha alcançado em duas outras ocasiões, dado o terceiro ‘metal’ conquistado por Fernando Pimenta no K1 1.000 metros.
Fernando Pimenta, de 31 anos, que se tinha sagrado vice-campeão olímpico em Londres2012, em K2 1.000 metros, ao lado de Emanuel Silva, terminou a prova de K1 1.000 metros de Tóquio2020 em 3.22,478 minutos, apenas atrás dos húngaros Balint Kopasz, novo recordista olímpico, com 3.20,643, e Adam Varga (3.22,431).
Portugal passou a contar com um total de 27 medalhas conquistadas em Jogos Olímpicos (quatro de ouro, nove de prata e 14 de bronze), duas das quais na canoagem, ambas com a participação de Fernando Pimenta, que integra agora o restrito grupo de atletas lusos com dois pódios no maior evento desportivo mundial.
Na capital nipónica, o primeiro a chegar ao pódio foi Jorge Fonseca, conseguindo a terceira medalha para o judo, e seguiu-se Patrícia Mamona, com a prata num salto de 15,01 metros, novo recorde nacional.
Agora, foi o canoísta, que já tinha uma prata no currículo ao lado de Emanuel Silva, em Londres2012, a somar novo pódio para Portugal no Sea Forest Waterway.
Antes, Atenas2004 tinha rendido três medalhas, segundo e último ‘hat trick’ da comitiva portuguesa até hoje.
Sérgio Paulinho pasmava o mundo do ciclismo com a prata na prova de fundo de estrada, enquanto Francis Obikwelu se estabeleceu como um dos homens mais rápidos de sempre nos 100 metros, com uma prata arrancada ‘a ferros’, e a nação pôde ainda ‘sofrer’ com Rui Silva até ao bronze nos 1.500 metros.
Los Angeles1984 trouxeram o primeiro ouro da história nacional em Jogos, na maratona vitoriosa de Carlos Lopes, com António Leitão, nos 5.000 metros, e Rosa Mota, na maratona, a conseguirem bronze, na única outra vez em que foram conseguidos três ‘metais’.
Carlos Lopes, que vinha de uma prata nos 10.000 metros de Montreal1976, conseguiu o primeiro de quatro ouros da história portuguesa na cidade norte-americana.
Lesionado em Moscovo1980, o maratonista luso tornou-se no primeiro herói olímpico nacional com um recorde dos Jogos, 2:09.21 horas, que só viria a ser batido em Pequim2008, pelo queniano Sammy Wanjiru.
Este resultado em Tóquio2020, de resto, permite à missão portuguesa superar o que estava contratualizado com o Governo, pelo menos no que a pódios diz respeito, uma vez que só dois estavam estipulados.