Quando não há capataz e os serviçais ficam tontos

Estamos perto das eleições autárquicas, mas são as eleições presidenciais que se discutem. Coisa de pouca monta, a não ser o cinzentismo que afecta a nossa democracia!
As eleições autárquicas “não vendem” porque são eleições paroquianas em que os protagonistas valem pouco, a não ser alguns, apenas alguns, que se perfilam nas grandes cidades.
No “resto” do país, discutem-se umbigos, lugarzitos de pouca monta que adquirem importância vital para quem os ocupar!
Quando os capatazes desaparecem, os serviçais parecem baratas tontas! Não acreditam nem dialogam com os seus pares, têm agenda própria, e fazem todo o tipo de tropelias para se manterem à tona, pondo em causa até a essência do seu próprio partido.
São os pedintes do costume que, “iniciam a faena” a querer ser presidente de junta, passam para a Assembleia Municipal e assentam praça em vereador sem terem o mínimo de qualificações para o efeito. Já não tinham para os anteriores!
Pedintes uma vez, pedintes pra sempre; quem trai uma vez trai sempre!
Pior quando, após perderem eleições, espetam de imediato a faca em que lhes deu a mão!
Muita gente ainda não percebeu que se existir divisão quem ganha é o adversário. Pior, quando preferem perder, do que abdicar das suas “teimosias” por muito patéticas que sejam! Como dizia o outro, “os medíocres juntam-se!
Na política como na vida, os teimosos perdem sempre!
Um clássico!
Os partidos tradicionais vão ter graves problemas de sobrevivência. Por isso, alguns já se apresentam como “frentistas” para conseguirem ter palco!
Em política há “coisas” que não se podem misturar. Mais, é impossível serem miscíveis como a “água e o azeite”!
Ignorantes, analfabetos funcionais que, vivendo no país do “achismo” – porque todos acham qualquer coisa sobre um facto – se sentem donos das pessoas e das instituições para imporem toda a sua incapacidade.
Quero ler, penso que todos estão ávidos de ler, o que pensam os futuros autarcas sobre as políticas públicas. “Estou a pedir demais não estou”?
As eleições autárquicas vão ser determinantes mais para Pedro Nuno Santos do que para Luís Montenegro. Se o PS perder vai haver grande instabilidade interna que se prolongará até às eleições presidenciais. Se o PSD perder ninguém contestará o seu líder porque, estão no poder há cerca de 1 ano e não querem nem desejam perder estatuto. Mais, já o Orçamento Geral do Estado estará quase fechado para ser discutido na Assembleia da República e, a ser aprovado, manterá o PSD no poder por alguns anos.
Se no meio desta trapalhado toda, o Senhor Almirante der “uma banhada” nos partidos tradicionais, leia-se PS e PSD, nada mais se discutirá ao centro. O que para o País e para a democracia será terrível!