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Opinião: Os beneficiários litigantes

18 de maio às 13h49
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Há ou não há cidadãos estrangeiros a abusar da nossa resposta hospitalar? Há! Temos até casos mediáticos, mas inúmeros que anonimamente se servem do maná do SNS em relação aos países de origem. Há ou não agências de importação de asiáticos aproveitando uma lei excessiva inventada por António Costa? Há e estão referenciadas. Temos ou não milhares de emigrantes em condições miseráveis porque chegaram sem emprego, sem coordenação, sem apoio, sem responsabilidade de ninguém? Temos. Só de elencar os problemas, os cidadãos correm o risco de levar com as atoardas de Catarina Martins e muitos dos beneméritos da globalização. Eles são a moral e o futuro mesmo que as nossas vidas piorem e se comprometam. Ficou tudo dito num artigo de opinião de Gonçalo Costa Santos, que recomendo. https://observador.pt/opiniao/o-tabu-do-tema-imigracao-como-cancelamento/
Também está bem descrito o problema da imigração, num artigo isento e com dados, de Luís Almeida Fernandes https://www.publico.pt/2024/01/10/opiniao/opiniao/portugal-precisa-imigrantes-2076335. Recomendo ainda Ana Paula Dourado https://expresso.pt/opiniao/2021-05-24-Os-imigrantes-0319a30f
Há ainda uma reportagem de João Amaral Santos na Revista Visão “imigrantes com vidas suspensas na AIMA”, e podemos ler Rui Pena Pires no público, sobre “normalidade na imigração”. Não precisamos concordar com tudo, mas o diálogo permite ouvir todas as ideias e elencar problemas. Fertilizar uma discussão não é distribuir pancadaria nem tentar calar os adversários.
Há ou não uma situação grave no sistema pós encerramento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras? O DL nº41/2023 de 2 de Junho cria a Agência para a Integração, Migrações e Asilo, I. P. (AIMA, I. P.) e entrou em vigor em Outubro de 2023, com poucos funcionários, sem tradutores suficientes, sem resposta ao fluxo criado pelas aberturas do governo socialista. Os imigrantes vivem agora no metro de Lisboa e esperam em filas intermináveis. Nada do que referem os demagogos da esquerda como Carmo Afonso, Catarina Mendes, Manuel Carvalho e o “enxame de insultadores” (que são beneficiários das televisões e jornais para manter o discurso politicamente correcto), aprofunda esta insanidade. O que é interessante, é nunca se debruçarem sobre a política nos países de origem, sobre os governantes que provocam êxodos.
Respeitar os acordos de livre circulação não significa importar as insuficiências geradas pelos governos alarves, desequilibrados e construtores de miséria que produzem os fluxos migratórios. A origem do problema é o desemprego, a política ditatorial, a perseguição constante, a corrupção que existe nas sociedades de origem que não deixamos de financiar e de manter. Neste indicador de má governação encontramos Portugal, país de muita emigração. Países com fluxos migratórios como a Venezuela, o Sudão, a Etiópia, e muitos mais, deviam ver cortados os apoios financeiros, reduzida a ajuda externa, congeladas as riquezas dos corruptos que os subjugam. A necessidade de exigência democrática é um imperativo para reduzir os fluxos migrantes. Portugal, dono de uma das maiores taxas de emigração, deve ter problemas de governação evidentes, de salários excludentes, de rendas insustentáveis, de pobreza excessiva.
Então porque se emigra para aqui? 1- Sai-se de países piores. 2- Faz-se trânsito para chegar a lugares melhores. 3- Vem-se resolver problemas de saúde que nos países de origem não se conseguem tratar. 4- Foge-se de governações insustentáveis e procura-se asilo. 5- Aproveitam-se benesses fiscais ou benefícios administrativos, como visas gold ou nacionalidade europeia. Há de tudo nos nossos imigrantes e falar do tema é necessário e prioritário.

Autoria de:

Diogo Cabrita

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