Opinião: O Metrobus devia incluir a Figueira? Não
Não
O Sistema de Mobilidade do Mondego (vulgo “Metrobus”) consiste na implementação de um serviço de transportes públicos que utilizará veículos elétricos a baterias, a operar na área periurbana de Coimbra, sendo financiado por fundos europeus e nacionais, na tentativa de remendar a monumental trapalhada que envolveu o encerramento do serviço ferroviário de transporte de passageiros Coimbra-Lousã, há já 12 anos.
Defendo que só com uma melhoria significativa, integrada, mas ambientalmente sustentável da nossa mobilidade se poderá perspetivar o desenvolvimento do concelho da Figueira, mas não acredito que estes veículos adaptados a uma infraestrutura dedicada e que precisa de ser construída sejam a solução.
Primeiro, porque o monumental investimento em infraestruturas e em material circulante seria de tal ordem que inviabiliza qualquer racionalidade e sustentabilidade do projeto.
Mas também porque estou cada vez mais convencido que o futuro da mobilidade passará pela ligação, quer a Coimbra quer a Leiria (no caso de Aveiro é muito mais complicado desde que se destruiu a linha ferroviária para Cantanhede), através sobretudo de uma ferrovia moderna, rápida e confortável.
Porque temos de caminhar para uma mobilidade inteligente e integrada, na qual os carros vão ser, afinal, um meio para um fim – meio de transporte, sim, mas principalmente o elemento central de uma gestão energética sustentável e inteligente.