diario as beiras
Geralopiniao

Opinião: “Gosta do novo coreto do Jardim Municipal?”

26 de abril às 10 h48
0 comentário(s)

NÃO. Não gosto, o projeto do coreto é mediano e revela falta de articulação com os utilizadores finais, desde artistas às coletividades. Note-se que os coretos são peças arquitetónicas de mobiliário urbano que tinham importância histórica e social, acolhendo espetáculos musicais em festas religiosas, ou comícios políticos.
A origem etimológica da palavra remete ao italiano coretto, expressão que se associa com tribuna e coro da igreja. Em francês, o coreto é chamado de kiosque à musique que quer dizer em português quiosque de música. A sua forma era simples e a localização central, o público visualizava o espetáculo em todo o seu perímetro.
Na Figueira da Foz um dos objetivos da Requalificação do Jardim Municipal em 2005, foi abrir todo o seu interior, abolindo barreiras visuais, ligando-o à envolvente da cidade, e o coreto tradicional foi substituído por uma estrutura polivalente e contemporânea.
Em 2018, passados apenas 13 anos após a primeira requalificação do Jardim, o coreto é uma parte central da obra, um regresso ao passado, simbólico ou não, com nova abordagem. Mas, alguns aspetos práticos foram descurados, desde a dimensão imprópria para filarmónicas até à necessidade de montar uma tenda atrás da concha, para a função de camarins. Não me parece razoável um investimento tão elevado num espaço que deveria ser inovador e não o é.

Autoria de:

Deixe o seu Comentário

O seu email não vai ser publicado. Os requisitos obrigatórios estão identificados com (*).


Últimas

Geral

opiniao