Opinião: …E subiu-lhe à cabeça!
Nas tertúlias podem existir conversas interessantes, menos interessantes, ou nada interessantes, ainda que na maior parte das vezes poderão ser de enorme importância. Porque quem não sabe e quer aprender, aprenderá! Porque nem todos sabem tudo. Nem Deus…parece!
Parece a banalização da conversa…mas não é!
Por culpa de alguém “que se deixou vir”, a conversa degenerou para a discussão sobre se a virtualidade da bufa, é virtuosa, ou não! Eu acho que é, porque alivia a tripa, incomoda muita gente que tem de calar – se dar em comunidade, leia-se público, que, longe de apenas – não Atenas – incomodar os circunstantes, inicia uma discussão, acesa por vezes, proletária muitas e burguesa muito raramente.
Isto tudo por causa de um gajo com um nome parecido com aquele bicho ranhoso que nos pica quando o tempo aquece ou quando a sujidade aumenta!
A Senhora mais à minha esquerda, ao invés de com ele corroborar na definição de bufa – peido para os mais brejeiros – entendeu por sua justiça, denomina-lo de “pum”, o termo que é usado para não ofender quem tem ouvidos de cristal. Só que, olhando à sua volta, percebeu mais tarde que tinha ao seu lado um conjunto de marmanjos que não estão para aturar termos desses às 02H00 da madrugada.
Isto, para quem a bebida não passa de água – são sendo propriamente um bebágua – ou de ice tea com 3 pedrinhas de gelo, não suou a estranho nem a inconveniente!
Claro que o “campeão de contar ladrilhos debaixo de água” não poderia deixar de fazer um comentário jocoso, porque não sentiu o horror de um odor vindo de, quase do além! Não senti nada, disse, como se alguma vez os “filhos cheirassem mal aos pais”!
Só que, quem despoletou a conversa, foi uma Senhora deveras qualificada, não fadista, nem artista, mas com nome de…dançarina bio degradável, porque às suas narinas chegou algo que lhe pareceu estar a chegar da “casa cor de rosa”. A “coisa” foi de tal forma, que todos tentaram encostar às cordas o mais velho, como se ele, por já ter ultrapassado a década de setenta, se tenha de encontrar numa má forma orgânica! Engano, puro engano, ainda que mal diga, ninguém se acusou de tal acto, mais ou menos ignóbil, de tornar uma conversa simpática, mas pouco imaginativa, numa conversa de trampa – porque é feio dizer merda! – porque tal só se pode dizer nos salões da alta costura!
O animal de pêlo, que detrás da moita sempre pode aparecer coisa ajeitada, não se cansou de “afinar as narinas” para perceber de onde tal apareceu. Mas apontava sempre para o mesmo!
Curioso que, sem que ninguém tenha notado – a não ser o velho porque o velho está sempre atento – o engenheiro que de vez em quando fica de férias quando há temporal na costa, se absteve, educadamente, de comentar, não fosse o mesmo desmascarado. Resta saber se a “bebida dos deuses” afecta a incapacidade de segurar o bicho!
Conclui-se que, após apanharem o “ocupa da casa amarela a aparar a sebe com um corta-unhas”, endoidou. E de tal modo o “conseguiu”, – ter endoidado, claro – que desenvolveu um tipo de defesa denominado “encolhe que vai para o cérebro”!
Encolheu tanto, mas tanto que, após um alívio pouco sustentado, “veio por aí acima” e desembocou onde estava aquela boa gente que não merecia tal desvario! Não há Tarrafal que resista!
E não se tendo chegado a nenhuma conclusão…concluiu-se que, sempre é melhor conversar sobre “bufas sapateiras” do que da caldeirada de uma casa que tem tudo menos de santa!
Cuidado com as carteiras!