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Opinião: “Dolce fare niente”

22 de julho às 10h05
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Literalmente fazer coisa nenhuma deveria ser reconhecido como um direito fundamental – e não apenas estival! – porquanto nos tempos atuais a voragem dos dias e o turbilhão de compromissos não deixam margem ao prazer e à satisfação da inatividade, nem tão pouco à simplicidade de desfrutar o momento sem preocupações nem pressões.

Valorizar a beleza da vida cotidiana e o desfrute dos pequenos prazeres é tão mais raro quanto a capacidade de sermos donos do nosso próprio tempo. Historicamente, e no Renascimento em particular, a valorização da arte, da beleza, e do equilíbrio entre trabalho e lazer foram elementos fundamentais para acelerar o processo criativo e o desenvolvimento humano.

A capacidade de apreciar e celebrar os momentos de ócio podem conduzir a etapas invulgarmente criativas. Foi sempre assim!E tudo isto se contrapõe ao estilo de “Vida Moderno”, caracterizado pela velocidade e pela pressão constante para ser (supostamente) produtivo.

A família, os Amigos, as coisas simples são elementos essenciais para encontrar a alegria e a felicidade. Sem falar na importância do descanso e da inatividade para a saúde mental e física.

Passando, agora, das palavras aos atos, vemo-nos em Setembro. Boas férias!

Autoria de:

Ricardo Castanheira

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