Opinião: Conferência Futuro da Europa
Ao longo dos últimos anos, a Europa tem vindo a dar primazia a algumas políticas públicas, apoiando os estados membros, as empresas ou grupos de cidadãos em matérias culturais, actividades de inovação, educação ou mais recentemente na área da saúde com a coordenação e disponibilização de equipamentos médicos ou vacinas.
Em Bruxelas, nota-se que existe um entusiasmo e uma certa dinâmica em torno de novas políticas coordenadas pela União Europeia desde que estas acrescentem valor a políticas nacionais desenvolvidas por cada país de forma una e individual. Naturalmente que o combate à pandemia funciona de forma mais eficaz e mais eficiente se for coordenada em termos europeus, tal como o combate às alterações climáticas ou em matéria de controlo de fronteiras.
Os bens comuns europeus são áreas estratégicas em que só a União Europeia de forma conjunta e articulada pode responder da melhor forma a desafios nacionais e internacionais. De facto, a partir do momento em que as ‘fronteiras’ são esbatidas e a actividade de um país influencia os restantes países europeus, é urgente que a Europa assuma uma maior coordenação de determinadas políticas.
Mas importa também reflectir quais as áreas comuns europeias que deverão merecer a nossa atenção num futuro próximo. Queremos investir de forma conjunta em áreas tecnológicas e de inovação para concorrermos com os EUA e a China? Deveremos ter uma carga fiscal mínima à escala europeia? Como pode a Europa se capacitar para responder aos desafios do século XXI? Esta é uma discussão que importa ter, agora mais do que nunca nas Conferências sobre o Futuro da Europa onde é dada a oportunidade aos cidadãos europeus se pronunciarem.