Opinião: “Brasil e a pandemia “
O Brasil registou em 2021 mais de 420 mil mortes e 14.6 milhões de infectados com COVID-19 – totalizando 620 mil mortes e 22.3 milhões de infectados desde o início da crise sanitária.
Atualmente, 40 milhões de brasileiros vivem em situação de extrema pobreza, com famílias a auferir uma renda per capita de até R$89 mensais ( cerca de 14€). Condições precárias, que impossibilitam o cumprimento dos protocolos sanitários mínimos. Necessidade de locomoção para as grandes metrópoles, obrigam á utilização de transportes coletivos sobrelotados, que inviabiliza qualquer prática de distanciamento social, que se torna combustível para aumento de contágio.
Enquanto que o mundo agoniza com o avanço da Omicron, o Brasil vem nas últimas semanas observando uma queda exponencial do número de casos. Justificada, em parte, pela (ainda) não propagação da nova cepa (representava 31% dos casos detetados entre 1 e 15 de Dezembro), mas também pelo elevado percentual de vacinados (76% da população com ciclo de imunização completa). Percentual de vacinados varia de acordo com o nível social, munícipios com IDH considerado muito alto (superior 0.71), contabilizam cerca de 70% da população imunizada, enquanto que no grupo de municípios com IDH baixo essa taxa é de apenas 50%.
Chegada do Verão no Hemisfério Sul, juntamente com celebrações de Final de Ano, fizeram novamente soar os alarmes, evidenciado pelo resultado dos testes de Covid positivo em farmácia, que saltaram de 7% para 20% neste final do ano.
Resta aguardar para verificar o impacto desta época do ano nos próximos meses.
Pode ler a opinião de João Pratas, que reside em São Paulo, no Brasil, na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS