Opinião: Adianta receber com uma mão… Para pagar com duas? Pelo menos… De férias já foram!

Quando a democracia funciona, o poder é legítimo.
A Aliança Democrática venceu as eleições.
Por razões que a razão desconhece, alguns partidos para se tentarem manter na “crista da onda”, com a certeza de que não vão ser determinantes no futuro imediato do país – Bloco de Esquerda e Livre – começaram a tentar condicionar o Partido Socialista. Não me refiro ao PAN, porque penso que ainda ninguém percebeu para que serve!
A “convocatória” para reuniões ditas à esquerda de nada servirão, a não ser para continuarem, alguns, a ser notícia para não caírem no esquecimento.
O Partido Socialista dever-se-à bastar a si próprio. Será que o PS se vai rebaixar aliando-se em almoçaradas, com quem passou meses a criticar violentamente a sua acção governativa, retirando-lhe até a possibilidade de vencer as eleições?
Pedro Nuno Santos vai ter uma tarefa “hercúlea” nos próximos meses, sensivelmente até às Eleições Europeias”, para tentar encontrar os melhores candidatos para manter o partido unido.
Saberá tão bem como eu que só a vitória interessa para se manter sem mácula como Secretário-Geral. Poderá no limite, mesmo tendo um resultado desfavorável, ser pressionado por “alguma gente que o acompanha” a manter-se no cargo, porque a derrota eleitoral de 10 de março deixou marcas profundas.
Por agora tudo em silêncio nas hostes, e bem direi eu, porque ainda faltam alguns meses para saber se o PS entrará ou não erupção.
É que, note-se, há uma relação e correlação entre as Eleições Europeias e as Eleições Autárquicas que o PS está obrigado a vencer.
O Partido Socialista começou a ter preponderância nacional quando teve autarcas de excelência que mudaram a face do país. Nessa altura, o PSD estava no poder e esqueceu-se que o mesmo é efémero, quando os dirigentes se esquecem dos seus próprios eleitores e dos que “não são” de ninguém!
Luís Montenegro vai ter a responsabilidade de governar. Governar bem, porque apesar de em minoria, sabe que o diálogo é fundamental para atingir objectivos.
Por agora vão ser “tudo rosas”. Tem a garantia da aprovação de um orçamento rectificativo, se o houver. E afirmo, se o houver, porque nos próximos meses a contribuição de Portugal para o esforço de guerra vai ser grande – até demasiado grande para a capacidade do país – e poderão “ficar pelo caminho” algumas promessas.
A tentação do facilitismo é grande quando se trata de vencer eleições. Não há pensamento diferente no que a isto diz respeito.
O que pode deixar no ar algum tipo de preocupação, é o facto do Ex-Primeiro Ministro António Costa nunca ter tentado resolver os problemas relativos aos professores, aos médicos e às forças de segurança! Como sabemos, também os bombeiros querem ver resolvidos a questão dos prémios, subsídios e aumentos. Não será despiciendo, dentro de pouco tempo, todos os funcionários da administração pública desejarem ver resolvidas as questões salariais.
Uma bola de neve carregadinha de euros, a que ninguém num curto espaço de tempo conseguirá responder.
O dinheiro não estica. O dinheiro pode ser necessário para acudir a emergências que poderão advir num mundo em mudança onde se poderão multiplicar os conflitos.
Se tal acontecer, poderão os cidadãos ficar com a certeza que vão pagar mais impostos! Ou seja, recebem com uma mão…e pagam com a outra, ou com as duas, sendo que o saldo é zero porque não há saldos negativos!