Opinião: A Figueira da Foz devia ter um museu do mar? SIM

SIM
O atual Núcleo Museológico do Mar aborda sobretudo a pesca do bacalhau e, em colaboração com a Universidade de Coimbra – Marefoz, trabalha com as escolas em atividades experimentais.
Mas isso sabe a pouco face ao muito da relação secular do concelho com o mar.
Na Figueira, quantos museus não caberiam dentro de um Museu do Mar, tendo em conta que o mar moldou o território e o povo figueirense?!
Além da pesca, podemos contar da seca do bacalhau, da seca da raia, das duas praias que hoje são as Praças Nova e Velha, dos terrenos que os gandareses conquistaram ao mar, do desembarque das tropas inglesas, do eterno despique quanto à pertença da Ilha da Morraceira, da expressão “na figueira quem não rema, já remou”, do Porto Comercial, da barra e todos os molhes, da indústria conserveira, da relação da Praia da Claridade com o turismo.
Enfim, toda a história da cidade vem e vai dar ao mar.
As possibilidades são quase infinitas.
Um museu onde coubessem todas elas é o espaço que precisamos para conhecermos, sobretudo os mais jovens, as nossas próprias raízes.
Sem isso, a memória fica avulso, em relatos escritos cada vez menos consultados.
Porque não o cabo Mondego para estabelecer um museu do Mar? E a seguir…há o Cabedelo, para instalar um museu do Surf.
O surf é muito antigo na Figueira, poucos sabem disso e da importância da história que temos, nesta área, para contar.