Opinião: A concessão da piscina-mar deve ser anulada?

Sim
Envergonha qualquer figueirense, antes de mais o estado a que se deixou chegar a Piscina-mar, bem como o injustificado tempo em que nos vão entretendo com promessas de luz ao fundo do túnel.
Porque o edifício foi concebido pelo figueirense Isaías Cardoso e considerado, em 2002, como património de interesse público, porque resultou do empreendedorismo abnegado e visionário de alguns que, na década de 1950, catapultaram a Figueira para o topo da hierarquia do turismo (sobretudo ibérico), porque, em harmonia com o Grande Hotel, confere o charme discreto a uma frente de cidade imponente e grandiosa, e porque não é possível contar a meninice ou a adolescência de alguém sem se referir uma tarde lá passada.
Bem sei que, por vezes, a necessidade de resolução dos problemas leva a que se abdique de alguns valores, se e quando estes impossibilitam aquela – neste caso, a sustentabilidade económica do empreendimento foi a justificação para desculpar uma certa descaracterização do imóvel e a elevadíssima duração da concessão.
Não concordo que se altere um centímetro do edifício, mas, entretanto, os meses e os anos vão passando, e este verão será apenas (mais um?) em que não se ouvirá o riso das crianças a brincar na água.
Até quando?!…