Montemor-o-Velho: Oposição desafiada a propostas alternativas
O presidente da câmara de Montemor-o-Velho anunciou ontem que irá deixar a vida autárquica no final deste mandato. Num discurso com “conteúdo mais nostálgico e pessoal”, Emílio Torrão garantiu que irá cumprir o terceiro e último mandato “igual ao que sempre fui, mais empenhado e eficiente que nunca”.
O desabafo do autarca aconteceu porque, como fez questão de referir no início da sua intervenção, não gostou e não se reviu “na forma de fazer política de muitos nesta campanha”. “A política e a ação política faz-se nos lugares próprios da democracia e no respeito pela separação de poderes e Estado de Direito”, afirmou, para logo de seguida concretizar o primeiro recado: “o respeito e a competência política não se apregoam… Praticam-se!”.
Mais à frente no seu discurso, Emílio Torrão voltou a esta questão para convidar os presentes, e não só, a uma reflexão. “Existe hoje um movimento assumido de desacreditação e desvalorização da gestão autárquica, dos autarcas e de todos aqueles que dão do seu tempo nas autarquias em geral”, referiu. Para o presidente da câmara de Montemor-o-Velho, os autarcas em geral “levam de forma fácil o rótulo de pessoas desonestas, imcompetentes, oportunistas e outras qualificações que não me atrevo aqui a reproduzir”. Perante isto, o autarca reconheceu que qualquer detentor de cargo autárquico está a sujeito a um conjunto de questões, nalguns casos “desrespeitosos dos mais elementares direitos, liberdades e garantias, farão no futuro ponderar melhor os futuros autarcas antes de aceitarem candidatarem-se para este tipo de cargos”. “Cada vez mais ser autarca em Portugal é um ato de coragem! Uma decisão ariscada! Um ato muito pouco racional”, frisou. Um grito de alerta, pois como recordou Emílio Torrão, não podia “ignorar tudo o que me têm feito nos últimos anos, a mim, à minha filha, meus amigos e só por o serem, e em geral a todos os autarcas com quem me relaciono”.
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Estranho o azedume do nosso recem-empossado alcaide. Ora, com um certo discurso no qual se vende como vítima (sem contextualizar e elucidar o porquê com factos, ficando-se aparentemente pelas entrelinhas), fosse / seja verdade (se for verdade, ninguém mentalmente são se deveria regozijar disso), alguém poderia sempre dizer que por vezes se escreve direito por linhas tortas, sabendo nós também que por vezes há a quem toque beber do próprio veneno (veneno que cada qual no fundo, saberá dizer em que quantidade tem, melhor do que ninguém). Muito provavelmente, o nosso alcaide estará é a necessitar de um tónico para a memória. E ficamo-nos por aqui, porque conforme se costuma dizer, o tempo cura mais que o sal e quem semeia ventos, regra geral colhe tempestades. Sem chamar o alcaide para esta contenda (o chapéu só serve a quem tiver de servir), os outros que são literalmente pontapeados pelo sistema, caluniados de forma porca, difamados de forma torpe e atropelados nos seus direitos através de jogo sujo e baixo de forma persecutória e abjecta, também têm filhas, que certamente, fruto de algumas canalhices das quais há quem se nutra, virão a sofrer um dia bem mais do que o rebento do senhor alcaide.
De momento, contudo, preocupa-me mais, ao ler esta peça jornalística, o facto de haver alguém da área das letras que pelos vistos, conviverá mal com a denominada "Língua Portuguesa", dado que tanto quanto eu julgo saber, "imcompetência" não é palavra que conste dos dicionários da designada "Língua Portuguesa". Será que há quem quereria dizer "incompetente"?
Fica a dúvida no ar… Quem cometeu o erro? Foi o jornaleiro do Beiras ou o assessor / adido de imprensa / da seccção cultural da alcaldería?