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Ministra da Saúde alerta que ULS têm de garantir “gestão eficaz” de recursos humanos

04 de setembro às 14h08
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A ministra da Saúde alertou hoje que as unidades locais de saúde têm de garantir uma gestão eficaz dos recursos humanos, alegando que “não pode acontecer” o encerramento de urgências de obstetrícia como no último domingo.

“As unidades locais de saúde têm de garantir a sua missão de serviço público e uma gestão eficaz dos seus recursos humanos”, referiu a ministra da Saúde em conferência de imprensa para balanço do Programa de Emergência e Transformação da Saúde.

Ana Paula Martins adiantou ainda que, apesar de ter sido assegurado que as maternidades de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve funcionassem em rede, no último domingo 17 urgências estiveram de “portas fechadas”.

“Isso não pode acontecer”, salientou a governante, manifestando-se também preocupada com o “número de bebés nascidos em ambulâncias”.

“No próximo verão, essa situação não deve acontecer”, avançou Ana Paula Martins, ao admitir que “haverá sempre bebés a nascer em ambulâncias”, mas serão “apenas em casos excecionais”.

A governante disse ainda que está a ser estudado um modelo de remuneração e de incentivos para atrair equipas de obstetrícia para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“É muito importante que estudemos, e estamos a estudar, (…) com as equipas de obstetrícia um modelo de remuneração e de incentivos para voltar a atrair as equipas de obstetrícia para o SNS, porque nós temos gradualmente vindo, como sabem, a perdê-las”, realçou.

A ministra elogiou ainda o anterior Governo e a antiga Direção Executiva do SNS, dizendo que fizeram “um projeto muito importante de requalificação dos blocos de partos, que está agora a ser concretizado”.

“É muito importante que consigamos, de forma gradual e prudente, associar àquilo que é a linha grávida do SNS24 um segundo momento de pré-triagem nessas mesmas maternidades. Ter alguém que é especializado, um enfermeiro especializado em obstetrícia, que possa, do outro lado, responder aos contactos que são feitos pelas grávidas, de forma a, numa segunda triagem, ou às vezes numa primeira, conforme a situação, poder realmente encaminhar a situação”, precisou.

O Ministério da Saúde apresentou hoje o balanço das 15 medidas urgentes que constam do Plano de Emergência e Transformação da Saúde aprovado em Conselho de Ministros, em 29 de maio.

Autoria de:

Agência Lusa

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