Inquérito recolhe opinião pública sobre a Reserva de S. Jacinto em Aveiro
A Câmara de Aveiro informou hoje que está a decorrer um inquérito para recolha de opiniões sobre a visão estratégica para a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto (RNDSJ).
“Trata-se de uma iniciativa da Comissão de Cogestão da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, liderada pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA), para auscultar a opinião sobre a área protegida e que permitirá construir uma visão e uma estratégia partilhada”, refere uma nota municipal.
A parceria de cogestão integra, além da autarquia, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. E, representantes da Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, da Universidade de Aveiro, da Associação Florestal do Baixo Vouga, da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos e do RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel.
Cabe-lhe atuar nos eixos da promoção, da sensibilização e da comunicação da área protegida.
O documento está disponível aqui.
A Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto fica situada no extremo da península que se estende entre Ovar e a povoação de S. Jacinto, sendo limitada a poente pelo oceano Atlântico e a nascente por um dos braços da ria de Aveiro.
Abrange uma área aproximada de 960 hectares, dos quais 210 hectares correspondem à área marítima.
A reserva natural inclui a Mata Nacional das Dunas de S. Jacinto, onde aves florestais, como os chapins, estão bem representados.
Na frente oceânica podem-se observar aves marinhas, com destaque para as limícolas na época da migração.
Os charcos ou pateiras suportam variada vegetação aquática, tendo sido criados na década de 80 do séc. XX, para servirem de refúgio aos anatídeos (vulgo patos) da ria e de abrigo a uma colónia de garças.
Hoje é considerada uma das áreas do país com maior número de anatídeos invernantes, como o pato-real (‘Anas platyrhynchos’), a marrequinha (‘A. crecca’) e a piadeira (‘Mareca penelope’).