Figueira da Foz: Encontradas ossadas humanas no pátio de Santo António
Foram encontradas ossadas humanas nas obras de requalificação do pátio de Santo António. Devido à reduzida relevância antropológica e arqueológica, o calendário das obras não foi afetado.
“A parte escavada corresponde a uma série de sepulturas sem particular interesse arqueológico, são enterramentos simples”, ressalvou, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o arqueólogo Pedro Roquinho.
As ossadas foram encaminhadas para análises laboratoriais. Entretanto, na Figueira da Foz, especula-se sobre a origem do achado arqueológico, incluindo que serão de soldados das Guerras Peninsulares, no século XIX.
Pedro Roquinho, porém, afiançou que as ossadas não pertencem a uma vala comum. “Não estão, de todo, associadas ao enterramento em massa que se aponta para aqui durante as Guerras Peninsulares”, afiançou.
Outras das especulações sustenta que umas das ossadas pertence a um escravo africano. No entanto, a equipa técnica que fez as escavações limita-se a admitir que uma das ossadas pertencerá a “um indivíduo não europeu”.
A zona escavada por Pedro Roquinho e pela antropóloga Inês Fernandes incidiu na área do projeto de arquitetura da requalificação do pátio de Santo António. Mas “o número de sepulturas projeta-se para além desta área intervencionada”, ressalvou o arqueólogo.
Novos e do sexo masculino
“O que é possível ver é que a maioria das ossadas, provavelmente, será de sexo masculino e de pessoas novas. Mas outro tipo de análises mais aprofundadas terá de ser feito, posteriormente, em laboratório”, adiantou, por seu lado, Inês Fernandes.
A antropóloga defendeu que as ossadas “têm sempre relevância antropológica”, porque, ressalvou, “cada indivíduo tem a sua importância, mas num contexto é sempre diferente”. E indicou que “têm muito mais importância quando são vistas num contexto global, e é no geral é que é feita a leitura”.
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do dia 25/09/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS