Estratégia urgente para impulsionar a (re)aproximação dos jovens no Basquetebol
“A pandemia de covid-19 provocou alterações significativas na prática desportiva de basquetebol”. Esta é uma das principais conclusões que se podem extrair do estudo exploratório sobre “O caso dos atletas dos clubes das Associações de Basquetebol da Região Centro”, feito em parceria entre a Associação de Basquetebol de Coimbra (ABC) e Departamento de Psicologia do Olivais FC e cujos resultados foram ontem divulgados por Laura Lemos e Sofia Pinheiro, do Departamento de Psicologia do Olivais.
De acordo com o documento, a pandemia obrigou a um reconfiguramento da prática desportiva dos atletas portugueses, o que gerou “frustação, ansiedade e desmotivação”. A maioria da centena e meia de jovens que respondeu a este estudo – em representação de clubes das associações de Coimbra, Castelo Branco, Aveiro e Leiria – considerou que os treinos online foram “sentidos como positivos e de aproximação à equipa”, mas “uma percentagem elevada referiu instisfação ou indiferença, apontando para a necessidade de repensar e reestruturar este tipo de abordagem”.
Por outro lado, a redução do número de treinos semanais levou a um aumento das faltas a estes momentos. “Os atletas mais velhos apresentaram maiores níveis de sintomatologia ansiosa, podendo este resultado ser explicado pela maior consciência de que a quebra no rendimento desportivo e competitividade poderão ter um impacto significativo no seu futuro desportivo”, refere o estudo.
Outra das conclusões aponta para o facto dos atletas cujo pais têm habilitações literárias mais baixas “apresentaram maiores níveis de sintomatologia depressiva” e que os jovens do estudos confirmaram o aumento do número de horas de ecrã, “adotando um modo de vida mais sedentário com potencial prejuízo na saúde física e psicológica”.
Versão completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS