Escola de Queijeiros já começou na Agrária de Coimbra
Há um ano passado abriu a Escola de Pastores. Agora aprende-se a fazer o queijo.
Na Escola Superior de Agrária de Coimbra, as aulas ainda agora começaram, mas o ambiente já é descontraído. Os oito alunos que frequentam a formação não são propriamente novatos nesta área – todos eles têm projetos para desenvolver na região na Centro e querem aprender a arte e as principais técnicas de produção de queijo com (Denominação de Origem Protegida) DOP na Região do Rabaçal.
Elisabete Serra, de 48 anos, tem uma exploração agropecuária a poucos quilómetros do centro da cidade de Coimbra. A “Quinta do Zorro” dedica-se à produção artesanal de galinhas, ovelhas e cabras de raça autóctone – projeto, aliás, que foi premiado este ano como Guardião da Biodiversidade Doméstica, atribuído pela revista Vida Rural.
“Sempre cresci na aldeia com a vontade de manter e preservar o que é nosso”, diz ao DIÁRIO AS BEIRAS. Sendo produtora de ovelhas e cabras, tem a expectativa de, quem sabe, avançar para a produção de queijo.
Há um ano, o marido frequentou a Escola dos Pastores e, brevemente iniciará o estágio numa exploração em Alvores, Ansião. Ora, como o mundo é tantas vezes mais pequeno do que imaginamos, o dono da exploração é colega de Elisabete nesta Escola de Queijeiros.
“Foi curioso, Há dias estávamos aqui a falar e descobri que o João será o “patrono” do meu marido”.
O “João “ de que fala é João Sá, 49 anos, que se tem dedicado à produção de leite. O setor, já se sabe, vive dias de amargura, muito por culpa da pandemia que fez com que o preço do leite descesse e o das matérias-primas subisse.
Como não é homem de ficar de braços cruzados decidiu aprender a fazer queijo. “Se os preços se mantiverem, terei de pensar em produzir queijo com o leite da minha exploração. É uma questão de sobrevivência”, diz.
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