Enfermeiros do IPO de Coimbra exigem mais um dia de férias por cada dez anos de serviço

Enfermeiros do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra decidiram hoje realizar uma vigília, em frente à instituição, caso o conselho de administração não lhes atribua mais um dia de férias, por cada dez anos de serviço.
“Se porventura não houver uma decisão de atribuição, faremos uma vigília, em data a agendar, logo após reunião de dia 08 de abril [com o conselho de administração do IPO]. A realização dessa vigília, em frente ao IPO, será das 10:00 às 18:00, com entrega de um documento aos utentes, a explicar aquilo que a administração [do IPO] devia fazer e não faz”, informou o coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) de Coimbra.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Anacleto explicou que esta decisão foi tomada no plenário que o Sindicato realizou hoje de manhã com os enfermeiros do IPO que têm contrato individual de trabalho (CIT) e que “detêm a mesma formação, as mesmas competências e desempenham as mesmas funções que os enfermeiros com contrato de trabalho em funções públicas (CTFP)”.
No entanto, a estes enfermeiros com CIT – cerca de metade dos 400 enfermeiros do IPO de Coimbra – “não lhes é atribuído mais um dia de férias, por cada dez anos de serviço, à semelhança do que acontece com quem tem contrato de trabalho em funções públicas”, tal como está previsto na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.
De acordo com o sindicalista, o conselho de administração do IPO “tem a plena autonomia para atribuir esse dia de férias, por cada dez anos de serviço”, à semelhança do que “já acontece, até este momento, em 21 das 39 ULS [Unidades Locais de Saúde]”, embora o IPO não faça parte de nenhuma ULS.
“É uma profunda injustiça, aqui no IPO e nas outras [ULS] que ainda restam, não ser atribuído mais um dia de férias quando têm essa autonomia para o concretizar”, lamentou.
Caso estes enfermeiros não vejam reconhecido o direito a mais um dia de férias, por cada dez anos de serviço, depois da reunião com o Conselho de administração do IPO de Coimbra e da vigília em data a agendar, o sindicato admite escalar a luta.