Coimbra: Café Nicola assinala bodas de diamante com estatuto “histórico”

O alvará de funcionamento do Café Nicola – datado de 23 de janeiro de 1939 e preservado nos arquivos de Coimbra – é o documento que atesta os 75 anos de existência de um espaço incontornável na história de Coimbra.
Abriu portas no n.º 35 da Rua Ferreira Borges, no coração da cidade, escassos oito meses antes do início da II Guerra Mundial. Desde essa época que as suas paredes são testemunhas de alguns dos mais interessantes debates das gentes de Coimbra sobre o rumo da história, seja mundial, nacional ou local, tanto mais que “era frequentado por Fernando Namora e Vergílio Ferreira, para além de outros escritores”, pode ler-se na tese de mestrado integrado em Arquitetura, de Ana Carolina Elias: “Os cafés como espaço de sociabilidade: O caso da baixa de Coimbra”.
É um dos cafés “dos professores da Universidade, dos advogados, dos médicos e dos banqueiros, homens de influência. Até à abertura do Arcádia, albergava também os críticos do futebol”, pode ler-se ainda na investigação publicada, recordando que 18 anos depois da inauguração, em 1957, foi palco da primeira exposição individual do pintor Mário Silva.
É neste contexto que o Município de Coimbra vai fazer hoje, em reunião camarária, o reconhecimento do Café Nicola com “Estabelecimento de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local”, em linha com o que já aconteceu com o centenário Café Santa Cruz, também na baixa da cidade, há cerca de dois anos.
A candidatura do Café Nicola a este estatuto foi apresentada em janeiro último, após o que se seguiu um período de consulta pública, como manda a lei, culminando agora com a aprovação formal.
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do dia 13/05/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS