Atletismo: Lançamentos na Abelheira provocam troca de acusações
Coimbra recebeu, no último fim de semana, os Campeonatos Nacionais de Atletismo. Houve recordes nacionais batidos e apuramentos olímpicos, mas nem tudo foram rosas.
Os lançamentos do disco, peso e martelo realizaram-se no Centro de Lançamentos do Sobral de Ceira, na Abelheira – Almalaguês, o que motivou protestos de alguns atletas.
Edujose Lima, lançador do disco do Sporting, que recuperou o título nacional, Emanuel Sousa (Benfica), 2.º classificado, e Filipe Silva (SJ Madeira), 3.º classificado, subiram a pódio sob protesto com o dorsal com a inscrição “os lançamentos também são atletismo”.
Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Edujosé Lima pediu “respeito pelo atletismo, por todas as disciplinas”. “Fomos lançar para debaixo de uma ponte, sem condições de ação, casas de banho portáteis, terreno lamacento e esfarelado, círculo de lançamentos instável… parecia que fomos lançar para um estaleiro de obras”, denuncia.
Mas nem todos os lançadores terão más recordações da Abelheira. Jéssica Inchude, lançadora do peso do Sporting, ao conseguir 19,10 metros, que lhe valeram entrada direta para paris.
ADAC acusa Académica
“Correu tudo bem nos campeonatos, houve vários recordes e até apuramentos no olímpicos. O feedback dos lançadores, em particular, foi extraordinário, à exceção dos do disco, é certo”, reagiu, ao DIÁRIO AS BEIRAS, o presidente da Associação Distrital de Atletismo de Coimbra.
David Soares lembra que “o centro de lançamentos está homologado para oito anos”. “É certo que não está tudo terminado e não tem ainda todas as condições, mas foi uma alternativa que se arranjou, porque a Académica/OAF não permitiu que se fizessem os lançamentos no relvado do Estádio Cidade de Coimbra”, acrescenta.
Académica acusa ADAC
Já o presidente da AAC/OAF garante que, da parte do clube, que gere o relvado do Estádio Cidade de Coimbra, houve “toda a abertura para tudo”.
O dirigente sublinha que “não foi a Académica que recusou nada à última hora, mas foi o pedido que foi feito à ultima hora”.
“Cedemos balneários, bancadas… tudo o que nos pediram. Só nos foi solicitado fazer lançamentos no relvado no dia 24 de junho e, nesta altura, temos o relvado em manutenção para iniciar a época e percebemos com o tratador que iam ficar danos irreparáveis por causa dos lançamentos do martelo… e nós pagamos seis mil euros por mês para manutenção do relvado”, afirma.
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do dia 04/07/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS
“Cedemos balneários, bancadas… tudo o que nos pediram. Só nos foi solicitado fazer lançamentos no relvado no dia 24 de junho e, nesta altura, temos o relvado em manutenção para iniciar a época e percebemos com o tratador que iam ficar danos irreparáveis por causa dos lançamentos do martelo… e nós pagamos seis mil euros por mês para manutenção do relvado”. Justificação rídicula. Viva o atletismo e o lançamento do peso, modalidade não tão recuada como o lançamento do dardo como modalidade olímpica, mas certamente muito mais do que o futebol. Dignidade para os nossos atletas de outras disciplinas. https://www.nationalgeographic.pt/historia/os-jogos-olimpicos-na-antiguidade_2968