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Violência doméstica: Mulher Século XXI lança campanha contra a violência sexual

16 de fevereiro às 16h29
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A associação Mulher Século XXI está a lançar uma campanha contra a violência sexual, situação que está inserida na violência doméstica, mas que “é pouco falada”, disse à Lusa a presidente.

“Inspirada em experiências internacionais, esta campanha pretende dar a conhecer um sinal de alerta que pode ser utilizado por potenciais vítimas, sensibilizar sobre a importância da denúncia e prestar informação sobre os direitos das vítimas de violência sexual”, refere uma nota da associação.

Susana Ramos Pereira explicou à agência Lusa que vários ‘mupis’ serão colocados nos 16 concelhos do distrito de Leiria, com um sinal de uma mão, que significa “um pedido de ajuda”.

A associação vai também estabelecer parcerias com os estabelecimentos de diversão noturna e restaurantes para também colocar a campanha “Perguntem pela Eva”, outra forma de ajudar as vítimas, refere a presidente.

“A violência sexual é uma forma de violência doméstica. Cada vez mais há abusos mais íntimos e está a aparecer muita violência sexual, não só em adultos como em crianças”, revelou Susana Ramos Pereira.

Esta campanha está enquadrada na RIIVD – Rede Integrada de Intervenção na Violência Doméstica do Distrito de Leiria, que é coordenada pela Mulher Século XXI.

“Esta rede, que surgiu após uma candidatura ao Portugal 2020, permite-nos ter uma plataforma informática onde apenas os 30 parceiros – autoridades, Ministério Público, Segurança Social, entre outras – podem aceder, com as respetivas credenciais, ficando acessível diferente informação”, explicou.

O projeto RIIVD visa responder ao objetivo “Apoiar e proteger – ampliar e consolidar a intervenção” no âmbito do Plano de Ação para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e à Violência Doméstica (PAVMVD) da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação 2018-2030 “Portugal + Igual”, adianta uma nota da associação.

“Com o reforço do trabalho conjunto que envolve as autarquias locais, torna-se possível territorializar os modelos de intervenção face às suas especificidades, mapeando as competências já existentes e definindo fluxogramas de atuação, com vista a otimizar os recursos, lê-se na mesma nota.

Devidamente enquadrada na violência de género e violência doméstica, a violência sexual e perseguição são temáticas que “têm vindo a preocupar quem trabalha diariamente com vítimas”.

“Queremos mostrar como podem pedir e prestar ajuda em situações de violência sexual, incentivando a denúncia e reforçando a importância de estarmos atentos e conscientes de que cabe a cada um de nós fazer a diferença”, disse ainda Susana Ramos Pereira, sublinhando a importância de sinalizar as situações para que possa haver uma “intervenção” junto das vítimas.

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