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Ucrânia: UE vai avançar com mais sanções à Rússia devido a atrocidades

04 de abril às 11h09
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A União Europeia (UE) vai começar a preparar, com urgência, novas sanções à Rússia, anunciou hoje o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, num comunicado em que condena “as atrocidades” cometidas pelas tropas russas na Ucrânia.

“A UE continua a apoiar firmemente a Ucrânia e começará, com caráter de urgência, a preparar novas sanções à Rússia”, disse o Alto Representante para a Política Externa do bloco.

Bruxelas, acrescentou, “condena com a maior veemência as atrocidades que terão sido cometidas pelas forças armadas russas em várias cidades ucranianas que foram agora libertadas”.

Borrell referiu ainda que “os massacres cometidos em Busha e outras cidades ucranianas serão inscritos na lista de atrocidades cometidas em solo europeu”, acrescentado que as imagens dos civis mortos e da destruição “mostram a verdadeira face da brutal guerra de agressão russa”.

A organização dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou, no domingo, que nas zonas da Ucrânia sob controlo russo foram feitas “execuções sumárias”, entre outros “abusos graves” que podem configurar crimes de guerra.

A retirada das tropas russas do norte de Kiev permitiu ver indícios de alegadas execuções sumárias de várias centenas de civis no subúrbio de Busha e noutras áreas.

A Ucrânia acusou a Rússia de genocídio, alegando ter encontrado os corpos de 410 civis na região de Kiev, atualmente sob controlo ucraniano.

Na cidade de Busha, a noroeste da capital ucraniana, cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, de acordo com as autoridades ucranianas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.417 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.038, entre os quais 171 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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