Sistema de Videovigilância para a prevenção de incêndios na Região de Coimbra tem 50% do projeto concluído
O projeto conjunto das comunidades intermunicipais (CIM) da Região de Coimbra e Viseu Dão Lafões, que prevê um sistema de videovigilância para a prevenção de incêndios rurais, tem neste momento 50% do projeto concluído na região de Coimbra.
Na visita hoje à torre do Cabeço da Ortiga, na Lousã, distrito de Coimbra, o secretário executivo da CIM Região de Coimbra, Jorge Brito, deu nota de que “neste momento há uma cobertura de 50% do projeto”, relativamente à área a que as comunidades intermunicipais (CIM) se propuseram “a garantir com a sua implementação”.
O projeto prevê no total a instalação de 37 câmaras de videovigilância: 20 em zonas florestais dos 19 municípios da Região de Coimbra e 17 nos 14 municípios da região Viseu Dão Lafões.
Atualmente, na Região de Coimbra, dez das 20 câmaras já estão instaladas e as restantes vão ser instaladas até ao mês de julho.
As torres permitem dar “suporte à decisão”, visto que é um sistema moderno que “permite quer a deteção humana, por assim dizer, quer uma deteção automática”.
A localização das torres foi feita por uma equipa do Instituto Superior Técnico, de forma a encontrar as “melhores localizações”, tendo por base várias premissas, como “as coberturas preexistentes e aquilo que é o grau, quer da rede de postos de vigia”, quer da “cobertura de outros projetos”, de outras CIM que cobrem parte do território.
No caso da do Cabeço da Ortiga, na Lousã, irá dar cobertura a uma “parte residual, mas fundamental do concelho de Arganil, Góis, Lousã, Vila Nova de Poiares, além de Penacova e ainda um troço de Coimbra, Penela e Miranda do Corvo”, adiantou Jorge Brito.
A implementação do projeto é um “momento significativo” relativamente à “criação das condições de preservação de um dos principais patrimónios, no caso património ambiental, naquilo que diz respeito à mancha florestal”, disse o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes.
“Todos os incêndios quando começam são pequenas fogueiras e, portanto, é efetivamente um sistema que não tem a ver com a prevenção, claramente tem a ver com a deteção, mas com a deteção precoce dos eventos que possam vir a acontecer”, disse o vice-presidente do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) Luís Paulo Costa.
O projeto, para além das duas CIM promotoras, envolve os comandos distritais de operações de socorro (CDOS) de Aveiro, Coimbra, Viseu e Guarda, a GNR, Proteção Civil e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O sistema, que tem um custo total de 3,87 milhões de euros, financiados a 75% por fundos europeus, inclui, entre outros, as 37 torres e igual número de sistemas de deteção e 39 centros de gestão e controle.