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Robótica já exponencia saber dos médicos da ULS de Coimbra

19 de julho às 10 h52
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FOTO - Ana Catarina Ferreira

A cirurgia robótica já chegou aos Hospitais da Universidade de Coimbra. Em conferência de imprensa, o conselho de administração da Unidade de Local de Saúde de Coimbra (ULS) anunciou ontem que adquiriu três equipamentos robóticos para executar cirurgias em várias áreas da medicina.
O investimento de mais de seis milhões de euros permitirá um aumento da eficiência em áreas como urologia, ginecologia e ortopedia. Os equipamentos foram adquiridos há já vários meses e, na sexta-feira passada, começaram a realizar-se as cirurgias. Até ao momento, foram já intervencionados oito pacientes com a ajuda da robótica, mas os médicos clarificam que o robô não substitui o saber humano.
O diretor do Serviço de Urologia, Arnaldo Figueiredo, esclareceu qual a mais-valia do equipamento. “Isto não é uma revolução, é uma evolução. As práticas de cirurgia são iguais e o fator humano é essencial. Há ganhos de menor invasividade nas intervenções feitas porque a máquina é mais precisa”, explicou o médico, que informou que a máquina, no caso o sistema Da Vinci Xi, será útil em cirurgias da próstata, rins ou bexiga.
Também no Serviço de Cirurgia Geral a inovação robótica já foi aplicada e o diretor de serviço, Guilherme Tralhão, realçou que estes novos equipamentos são “melhores para os doentes e motivam os médicos”.

Alexandre Lourenço, presidente da ULS de Coimbra, relembrou a formação feita pelos profissionais. “O sistema Da Vinci foi colocado nas instalações em maio, as equipas estiveram em formação e estamos a falar de um impacto na urologia, cirurgia geral e ginecologia. Para além de tudo, é um equipamento topo de gama, que tem um modo adicional de aprendizagem, com impacto na formação pré e pós-graduada”, referiu.
Nesta lógica, o presidente da ULS vê esta inovação como essencial para cativar os profissionais de saúde.
“Esta é mais uma forma de conseguir de atrair e reter talento. Através deste material inovador conseguimos reter algum talento, que não necessita de ir para outras instituições para trabalhar com ele”, frisou.
Se o equipamento Da Vinci Xi já está implementado, já ajudou em oito cirurgias e entrará funcionamento diariamente, num plano otimizado e intensificado, por outro lado, o Serviço de Ortopedia só terá o braço robótico no início de 2025 e no Hospital Geral (Covões). O diretor do serviço mostrou-se motivado e com expectativas elevadas.
“Este braço robótico vai reduzir a agressão cirúrgica e poderá reduzir em dois a três dias o internamento dos doentes”, frisou.
A Unidade de Local de Saúde de Coimbra vai também adquirir um sistema de navegação por imagem, no valor de dois milhões de euros.

Autoria de:

António Cerca Martins

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