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Opinião: Somos “estes”… “somos destes!”

02 de julho às 12h30
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De repente, ponho-me a recordar o que alguns autores escreveram, de língua portuguesa, e a forma como perceberam “os descobrimentos e a chamada colonização portuguesa”!
De repente, e passo a citar António Sérgio no prefácio do livro de Gilberto Freyre “O Mundo que o Português Criou”– Lisboa 31 de Janeiro de 1940 – Os seus méritos do colonizador consistiram precisamente nos seus defeitos como nação europeia, considerada do ponto de vista europeu. Foi a instabilidade dos seus ideais políticos, sociais e morais, a flutuação das suas tendências contraditórias, a falta de rigidez dos seus princípios, que lhe permitiram penetrar no meio brasileiro…e criar, afinal, com elementos originais, novas formas de cultura genuinamente brasileira desde as suas origens mais remotas.
De repente, percebo que “favorece os portugueses colonizadores dos trópicos, a característica plasticidade da sua índole, a qual dimanava de uma “singular riqueza de antecedentes étnicos e de cultura”; e caberia acentuar “que os colonizadores do Brasil nos séculos quinhentos e seiscentos, foram na maioria portugueses típicos, e portanto, mestiços; nem dólico-louros, nem judeus, nem ainda moçárabes”.
De repente, “percebe-se que o português de hoje, como o de ontem, é um mundo de tendências antagónicas que se desconhecem a si mesmas…A melhor, a mais típica, a mais feliz das criações da alma portuguesa – a sua música popular, o fado dos acentos nostálgicos e da saudade sem fim – reflecte a ansiedade dos caminhos perdidos, essa procura eterna de um ponto de apoio, de uma directriz e de um ideal que se não encontra nunca”…
De repente
“…se mais mundo houvera, lá chegara.” (Camões, Os Lusíadas, VII, 14.)
“Novos mundos ao mundo irão mostrando” (Camões, Os Lusíadas,II, 45.)

 

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